Imbróglio de bico grande

O PSDB maranhense, de repente, se viu mergulhado numa “crise” artifi cial e conveniente ao momento político. Só o fato de 2017 ser ano  pré-eleitoral já é suficiente para efervescer as táticas políticas das velhas forças, especialistas em criar desavenças onde elas não existem. O ex-prefeito de Imperatriz Sebastião Madeira usa os meios que lhe […]

O PSDB maranhense, de repente, se viu mergulhado numa “crise” artifi cial e conveniente ao momento político. Só o fato de 2017 ser ano  pré-eleitoral já é suficiente para efervescer as táticas políticas das velhas forças, especialistas em criar desavenças onde elas não existem. O ex-prefeito de Imperatriz Sebastião Madeira usa os meios que lhe convêm para tentar desmanchar a aliança do PCdoB com o PSDB. Mas ele tem pela frente vários obstáculos a ultrapassar.

A tática de Madeira seria atrair o senador Roberto Rocha, tucano de origem, mas abrigado no PSB. Rocha sairia candidato a governador e Madeira, ao Senado. Mas todo o desenrolar desse processo está no próprio PSDB nacional, dirigido interinamente pelo senador Tasso Jereissati, que substitui o afastado, Aécio Neves, enrolado na Justiça e no Conselho de Ética do Senado. Jereissati é a favor do desembarque dos tucanos da base de Michel Temer.

No Maranhão, Carlos Brandão, presidente regional, não vê motivo algum para pânico sobre a sua posição de vice-governador do PCdoB. Muito menos quanto à relação com Flávio Dino, sem qualquer sinal de malquerença entre ambos. Ademais, as eleições de 2018 ainda sequer têm regras definidas, além de depender da crise econômica, dos rolos envolvendo o presidente Michel Temer e até da situação jurídica de Lula, que vai começar a ser julgado hoje pelo juiz Sérgio Moro.

Os tucanos têm problemas ideológicos e políticos insanáveis também em vários estados. Em Goiás, o governador Marconi Perillo vive em confronto com o prefeito de Goiânia, Iris Resende (PMDB); no Pará, o governador Simão Jatene é inimigo de ferro e fogo do PMDB, de Jader Barbalho; e no Tocantins, o peemedebista Marcelo Miranda e o cacique tucano Siqueira Campos nem se olham. São realidades que, como a
do Maranhão, dependem de quase tudo para o desfecho de um cenário eleitoral definitivo para tucanos e seus aliados no âmbito nacional.

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