A política gospel e as eleições em São Luís

O bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus, é o símbolo máximo de poder dos evangélicos na fé cristã e na política brasileira. Só o Templo de Salomão, em São Paulo, com 100 mil metros quadrados de área construída, é quase quatro vezes maior que o santuário de Nossa Senhora Aparecida, […]

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O bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus, é o símbolo máximo de poder dos evangélicos na fé cristã e na política brasileira. Só o Templo de Salomão, em São Paulo, com 100 mil metros quadrados de área construída, é quase quatro vezes maior que o santuário de Nossa Senhora Aparecida, da Igreja Católica.

Pedras de Hebrom
O novo edifício tem 56 metros de altura e a fachada revestida com pedras vindas de Hebrom, cidade que abriga os túmulos de Abraão, Isaac e Jacó em Israel. Na inauguração estava a nata da política e do empresariado endinheirado do país.

Dois evangélicos
Este ano, a disputa da Prefeitura de São Luís pode chegar ao segundo turno entre dois evangélicos. O prefeito Edivaldo Holanda, eleito pelo PTC, um partido controlado por “irmãos”, e hoje filiado ao PDT, partido que comandou a política da capital por quase 20 anos.

Mais um
O outro nome é a deputada Eliziane Gama, eleita pelo PPS e hoje filiada à Rede Sustentabilidade. Ela é da Igreja Assembleia de Deus, a maior do Brasil, com mais de 5 milhões se crentes. Já a vereadora Rose Sales, também evangélica, foi eleita pelo PCdoB e se coloca como pré-candidata à prefeitura, filiada ao PV do deputado Sarney Filho.

Poder dos evangélicos
Na Câmara dos Deputados, a bancada evangélica cresceu tanto na mesma medida do número das seitas no país. Juntos, formam o terceiro maior “partido”. Dados do censo do IBGE, de 2010, o número de evangélicos aumentou 61% na década passada. Por sua vez, a Frente Parlamentar Evangélica (FPE), encabeçada pelo deputado e pastor João Campos, agrega mais de 90 parlamentares, 30% maior do que a legislatura 2010/2014. Assim, o poder dos evangélicos é impressionante.

Fé x dinheiro?
Quando Edir Macedo inaugurou a babilônico Templo de Salomão, Dilma Rousseff e vários ministros prestigiaram. Como 2016 terá eleição municipal com novas regras, sendo a mais impactante o fim do financiamento empresarial na campanha, certamente o poder da fé vai pesar mais do que a força do dinheiro.

Multidões
Não foi à toa que os pré-candidatos ao Palácio La Ravardière, em São Luís, cuidaram de arregimentar multidões de fiéis nos encontros evangélicos realizados na capital, com shows musicais espetaculares, durante o período, para eles “pecaminoso”, do carnaval. Depois foi no lançamento da Campanha da Fraternidade, da CNBB, em que pelo menos quatro pré-candidatos se perfilaram na frente do público católico, no Ginásio Castelinho.

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