A matemática das ruas

Viraram folclore, com elevado grau de descrédito, os cálculos matemáticos usados para contar gente nas manifestações de rua pelas capitais brasileiras nesse ambiente de crise radicalizada e os mais afoitos querendo ser os primeiros a acender o pavio da bomba. As emissoras de TV cansam a paciência de sua audiência tentando comparar o que diz […]

Viraram folclore, com elevado grau de descrédito, os cálculos matemáticos usados para contar gente nas manifestações de rua pelas capitais brasileiras nesse ambiente de crise radicalizada e os mais afoitos querendo ser os primeiros a acender o pavio da bomba. As emissoras de TV cansam a paciência de sua audiência tentando comparar o que diz a Polícia Militar e os organizadores dos atos políticos, nos quais ninguém acredita nem numa vertente nem na outra. Até pior do que as pesquisas sobre as eleições.

Galhofa
Elas caíram totalmente na galhofa. A polícia também tem controle político, como a de São Paulo, do governo tucano de Geraldo Alckmin. Ou Minas Gerais, do governo petista de Fernando Pimentel. Já os organizadores também têm todo interesse em inflar, descaradamente, os números como quem pretenda com eles atingir a meta de derrubar ou de manter a presidente Dilma no Palácio dos Leões.

Sem conclusão
No dia 13, o Datafolha calculou 450 mil pessoas na Avenida Paulista, epicentro das manifestações, enquanto emissoras de TV falaram até em 2,5 milhões de pessoas. Seja como for, ninguém tira conclusão alguma sobre a importância desses números. Até porque, comparandoos às manifestações das ‘Diretas Já’ e depois, no impeachment de Collor, os “caras-pintadas” eram mais vigorosos, porque era a maioria formada por jovens.

Parece piada
Agora, parece até piada. Os idosos são “caras-pintadas”, mostrando que o Brasil deixou de ser “um país jovem” e passou a ser de aposentados reclamando por reajuste do INSS. O que divide agora os rueiros são classes sociais. As manifestações do dia 13, por exemplo, a esquerda atenta, mas distante, não contou pobres e negros nem para dizer que eles são 52% da população brasileira. Mas magistrados, empresários e classe alta e branca. Já os atos pró-Dilma Rousseff e pró-Lula, no dia 18, a peãozada, como chamou o próprio Lula, foi em peso. E quando se fala em peão, Lula e todos sabem que a referência é ao povão e não “coxinhas” das bandeiras “dos partidos do golpe”, como garante o PT e aliados.

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