Não é somente pelo colorido e pela grandiosidade do evento que o público fica encantado com o Festival de Flores de Holambra, mas, também, devido ao grande número de espécies expostas. São ao todo 250, entre flores, plantas frutíferas, palmeiras e ornamentais, que foram trazidas de Holambra (SP), para a capital maranhense, cujos preços variam de R$ 7,90 a R$ 69.

O evento está na sua 12ª edição na capital maranhense. Ele é organizado pela empresa Uniflores Holambra. Até amanhã, o festival tem como endereço a Praça Maria Aragão, que fica na Avenida Beira Mar, Centro. Depois, de segunda-feira (4) a sábado (9), permanecerá no Tropical Shopping, localizado no bairro do Renascença.

Plantas infrutíferas
Ela é mais conhecida como blueberry, mas pode chamar de mirtilo que vai acabar na mesma frutinha, meio roxa, meio azul. Seu ambiente natural são os bosques das serras gaúchas, ou dos nossos hermanos do Chile, Argentina e Uruguai. De paladar agridoce, o mirtilo é conhecido pelas propriedades que tem, como uma ótima concentração de substâncias antioxidantes e vitaminas.

Lá pelo século XV, esta frutinha era tida como o alimento dos deuses. Raras em São Luís, as mudas de mirtilo podem ser encontradas quase que exclusivamente no Festival de Flores de Holambra. No evento, tanto esta como outras plantas frutíferas estão à venda neste formato de mudas, ou seja, em tamanhos que facilitam o plantio. E D’Ítalo Almeida aposta que isto seja um diferencial: dar a oportunidade dos amantes de plantas frutíferas num futuro próximo comerem frutas nos “pés”.

“Entre tantas outras, temos mudas do mirtilo, da pitaya, nectarina e o caqui, que até podem ser encontradas nos melhores supermercados de São Luís, mas aqui o público pode levar ‘pés’ destas plantas para sua casa, que garanto serem todas adaptáveis ao solo maranhense. Imagina poder colher um caqui, ao invés de comprá-lo?!”, declarou D’Ítalo.

A pitaya, por exemplo, é uma fruta da região Andina, exótica e perfumada. Por fora, ela é arredondada e com pétalas de uma rosa, que dá vontade de botar no vaso de flores. Por dentro, parece a pelagem de um dálmata, branca com pintinhas pretas. Fora isso, ela é levemente doce, cheia de vitamina C e antioxidantes, e não tem quase nada de calorias.

A pitaya também é chamada de dragon fruit e dragon berry, por ter uma camada parecida com a de um dragão. No rol dos cosméticos e tratamentos, a fruta que nasce de um cacto mostra versatilidade: de esfoliante a xampu a pitaya é utilizada.

A pitaya é uma das plantas comestíveis exibidas

Na forma comestível, nutricionistas indicam o consumo por causa da ação termogênica, que acontece por conta da tiramina, um aminoácido presente na pitaya, que ativa um hormônio do nosso organismo chamado glucagon. Traduzindo: a pitaya estimula o corpo a utilizar as reservas de açúcar e gordura, transformando-as em energia, em vez de elas virarem gordurinhas. Além disso, são só 50 calorias a cada 100 gramas. Quase nada.

Já a nectarina é uma variedade de pêssego, lisa, de caroço livre, sendo rica em retinol, niacina e potássio e, ainda, em menor quantidade, ácido ascórbico. E, no caso do caqui, a fruta que é nativa do Japão, é bastante cultiva na região sudeste do Brasil. O bendito fruto pode prevenir contra o câncer, proteger contra complicações cardiovasculares, e até ajudar no combate ao envelhecimento precoce.

Flores
Com fragrâncias, cores, e aspectos variados, as flores têm uma capacidade natural de embelezar o ambiente em que se encontram. As orquídeas, no caso, são uma das mais belas plantas floridas. Há mais de 20 mil espécies no mundo, 10% do total exato de espécies estariam no Brasil. As orquídeas representam uma em cada oito espécies de plantas floridas do planeta. D’Ítalo Almeida contou que as orquídeas são as flores mais procuradas sempre no festival, seja em qual for a cidade brasileira, em que esteja o evento.

O Festival de Flores de Holambra trouxe a São Luís espécies raras de orquídeas, como as de duas hastes, que floresce de uma a duas vezes no ano. Orquídeas demandam cuidado especial. Devem ser expostas à luz indireta, molhadas de duas a três vezes por semana e adubadas na raiz de três em três meses. E é preciso borrifar água nas suas folhas de 15 em 15 dias.

Já a planta rosa-do-deserto, no mínimo, vem de um lugar de paisagens bonitas e excêntricas, como o Arquipélago de Socotra, localizado no Oceano Índico, onde ocorre uma mistura de intenso calor, isolamento geológico e falta de água. A planta rosa-do-deserto dá o tom de excentricidade a regiões como esta.  Ela também está à venda no Festival Flores de Holambra.

As kalanchoes, por serem pequenas e delicadas, geralmente seriam utilizadas na decoração de pratos culinários, função que não diminui seu poder estético – inevitavelmente deve ser um dos primeiros elementos a chamar a atenção de quem vai saborear a refeição. As kalanchoes estão entre as baratas flores vendidas no Festival de Flores de Holambra. Elas são apresentadas no evento, nos tons de rosa, vermelho e amarelo.

O Festival de Flores de Holambra é realizado na capital maranhense desde 2008. Ano passado, segundo D’Ítalo, 50 mil pessoas compareceram ao evento, que também foi realizado na Praça Maria Aragão. “Para este ano, até o dia 9 de novembro, esperamos a visita de 65 mil pessoas”, disse D’Ítalo