MUDANÇA

Área em torno da antiga RFFSA será revitalizada

Executado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o projeto vai transformar a área em um novo cartão postal da cidade

Projeto das obras de restauro da Reffsa e urbanização do entorno (Foto: Reprodução)

O prédio onde funcionava a antiga Reffsa, na Avenida Beira Mar, vai ser totalmente revitalizado.A obra faz parte das ações do PAC Cidades Históricas, do Governo Federal, e contempla a restauração de todo o Complexo Ferroviário de São Luís. Executado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em parceria com o Governo do Estado e Prefeitura de São Luís, o projeto vai transformar a área em um novo cartão postal da cidade.

De acordo com o projeto, o novo prédio vai contar com espaços comerciais como cafeteria, choperia, galerias de arte, restaurante panorâmico e lojas, além de abrigar o Museu da Memória Ferroviária Maranhense e um setor da administração estadual. Também serão construídas três novas praças, uma delas em homenagem ao carnavalesco maranhense Joãosinho Trinta, e reformada a praça Praça Gomes de Souza, que atualmente abriga o monumento de 350 anos de São Luís. Serão feitas, ainda, melhorias no entorno.

“Esse projeto vem promover o resgate de um importante patrimônio da cidade e transformá-lo em referência da cultura e do turismo, para que a população possa usufruir de toda a estrutura com acessibilidade, conforto e segurança”, pontuou o governador Flávio Dino. Sobre a praça que levará o nome do carnavalesco maranhense, ele reforça a justa homenagem. “Joãosinho Trinta deixou sua marca na história do Carnaval de passarela do país, sendo, portanto, mais que merecida essa referência”.

As praças terão áreas de sombreamento com plantio de árvores nativas e conservação das existentes. Uma destas construções vai abrigar área de exposição da Locomotiva Benedito Leite, que será restaurada e receberá iluminação artística. A inclusão será plenamente atendida com obras de acessibilidade compatível ao sistema viário, com faixas de pedestres, rampas nas calçadas com contrapiso em concreto de alta resistência, além de sinalização tátil.

O superintendente do Iphan, Maurício Itapary, pontua que o conjunto arquitetônico identifica nossa cidade histórica e culturalmente. “São Luís está sendo contemplada com uma série de obras por meio do PAC Cidade Histórias, a exemplo desta na Reffsa, que, com certeza, têm impacto muito positivo para a cidade na preservação do seu patrimônio”, ressaltou.

O gestor reitera que os investimentos do Governo Federal, por meio do Iphan na capital, incluem, além de restauração da Rua Grande, de diversos prédios, urbanização de praças – como a Deodoro e do Pantheon –, e outros espaços para valorização da cidade, que é Patrimônio da Humanidade.

“Os governos municipal, estadual e federal estão unidos nessa parceria para resgatar essa riqueza e garantir que o cidadão possa ter o pleno conhecimento deste patrimônio”, disse Itapary. O Complexo Ferroviário está inserido no conjunto histórico, arquitetônico e paisagístico urbano da capital e é tombado pelo Governo do Estado, por meio do Decreto 10.089, de março de 1986.

Complexo Ferroviário

A obra no prédio da Reffsa vai modificar toda a estrutura atual. O prédio principal terá, no pavimento térreo, ambientes de uso social, como recepção e salão de exposições, e de uso comercial, referentes aos três recintos destinados à locação. Ainda, sobreloja com salas para a Secretaria de Estado da Cultura e Turismo, passarela e piso de vidro que transpõe o hall de exposição, além de banheiros masculino, feminino e para pessoas com necessidades especiais.

O primeiro pavimento vai abrigar salas administrativas da Secretaria, além de uma sala de reunião e ambientes de serviço como copa, almoxarifado e banheiros. O segundo pavimento, pela vista privilegiada, vai contar com um restaurante panorâmico, salão de mesas, espaço para instalação de um bar, cozinha industrial, administração e banheiros.

Onde funcionava o arquivo será construído o escritório regional da Reffsa, no térreo, e o antigo anexo será demolido. No local, visitantes terão acesso à recepção, auditório e banheiros. Contempla ainda a construção de ambientes de serviço como copa e sala para guarda de todo o acervo existente.

Para a área do arquivo está projetado, ainda, um mezanino para ambientes de trabalho de acesso restrito, com laboratórios de digitalização e de restauro, área técnica, sala de informática, diretoria com lavabo exclusivo e sala de reunião. Toda a iluminação da área próxima à Reffsa será reformulada e o espaço da praça vai ganhar projeto paisagístico.

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