ARTIGO

Suplantação do analfabetismo

Em pleno século XXI, o Maranhão ainda tem mais 19% de sua população analfabeta, i.e., praticamente uma a cada cinco pessoas é analfabeta. O Maranhão é o terceiro pior estado da federação em alfabetização. No brasil, a taxa é de mais de 9%, ou seja um a cada dez pessoa. Isto atrapalha qualquer estratégia de […]

Em pleno século XXI, o Maranhão ainda tem mais 19% de sua população analfabeta, i.e., praticamente uma a cada cinco pessoas é analfabeta. O Maranhão é o terceiro pior estado da federação em alfabetização. No brasil, a taxa é de mais de 9%, ou seja um a cada dez pessoa. Isto atrapalha qualquer estratégia de desenvolvimento de um país.
O analfabetismo entre jovens e adultos é uma questão que deve envergonhar a cada um de nós. O analfabetismo deve ser tratado como um problema social, uma barbaridade que precisa ser sanada urgentemente.
Os números se agravam quando o assunto é analfabetismo funcional e muito mais ainda quando se trata do analfabetismo digital. O analfabeto funcional é aquele que sabe ler, mas não consegue interpretar e entender o que ele está lendo. Um em cada cinco brasileiros acima de 15 anos (20,3%) é analfabeto funcional, ou seja, mais de 20 milhões da população adulta.
A ONU lançou em 2003 a Década da Alfabetização e definiu metas personalizadas dentro de seu segundo objetivo de desenvolvimento do milênio -ODM para acompanhamento da evolução do combate ao analfabetismo até 2015. A ONU, e especificamente a UNESCO, considera um território livre do analfabetismo quando este tem uma população alfabetizada acima dos 96%. Isto é, a população analfabeta tem que ser abaixo dos 4%.
O analfabetismo é um problema crônico e é um dos fatores da vulnerabilidade social. De fato, a população analfabeta é excluída pois tem dificuldades de ser absorvida pelo mercado.
Combater o analfabetismo exige compromisso, dedicação e muita vontade política por parte de nossos governantes. Precisamos, portanto, de uma grande campanha de suplantação do analfabetismo no Estado. Quando falo de campanha de suplantação, penso na definição de metas e prazos. É preciso também envolver parceiros como as prefeituras, ONGs, igrejas, famílias, etc. mobilizando todos para atingir este grande objetivo.
Nosso Governo pode e deve colocar entre suas metas mobilizadoras a suplantação do analfabetismo. São Luís, por exemplo, com uma taxa de 5% é muito próximo de ser declarado livre de analfabetismo desde que haja um interesse e uma dedicação em fazê-lo. Afinal, não é uma simples coincidência que 8 de setembro que é a data do aniversário é também o mundo inteiro comemora o dia internacional de combate ao analfabetismo. São Luís, Atenas Brasileira, capital americana da cultura, terra de muitos poetas, escritores, artistas, e homens da ciência, merece este destaque.
Contudo, vale ressaltar que pouco adianta tirar as pessoas do analfabetismo se elas não consigam avançar na sociedade. Assim, é preciso que se tenha um programa que lhes traz uma verdadeira inclusão social (cidadania, profissionalização, empregabilidade, etc.). É por isso que os projetos de suplantação do analfabetismo devem caminhar juntos com os programas de combate à pobreza, pois o combate à pobreza passa também pela alfabetização do povo.
Vamos, portanto; nós mobilizar para atingir esta meta. Vamos declarar em breve São Luís e o Maranhão um território livre do analfabetismo levando assim dignidade e cidadania para esta parcela sofrida da nossa população.
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