SEGURANÇA

Mototaxistas investem em identificação para atrair clientela

Segundo Sindicado dos Mototaxistas de São Luís, novas medidas de proteção devem ser tomadas por profissionais e usuários

Foto: Karlos Geromy/OIMP/D.A.Press.


Karlos Geromy/OIMP/D.A.Press

De acordo com o Sindicado dos Mototaxistas de São Luís, menos de 5% dos profissionais estão devidamente regulamentados

Para aqueles que precisam de uma rápida forma de locomoção, os mototaxistas são popularmente lembrados para solucionar os desafios do tempo com rapidez e praticidade. Entretanto, apesar de devidamente regulamentados e caracterizados, o que traz aos usuários maior confiança, a categoria sofre com o preconceito e medo gerado pela insegurança pública nas grandes cidades.

Em São Luís, alguns mototaxistas relatam sua situação de vulnerabilidade, assaltos, abordagens policiais e o que fazem para serem identificados como profissionais regularizados na cidade.
Vítima de preconceito e apontado como assaltante o mototaxista Alexandro Nunes, 36 anos, diz que hoje tenta se comportar de maneira diferente nos ambientes. Entre as atitudes tomadas está a retirada do capacete em comércios. Para melhor identificação aos clientes usa colete e pede que seu trabalho seja recomendado, transmitindo confiança e clientes fieis.
“O medo das pessoas é pelo simples fato de estar de moto, e o visor do capacete abaixado, já deixa as pessoas desconfiadas. Acontece que se todos os mototaxistas fossem regulamentados com a devida identificação, a situação poderia mudar”.
Há dez anos na profissão e incomodado com a percepção da população junto à categoria, o mototaxista Garcia Souza diz que a culpa é daqueles que utilizam as motocicletas para cometer algum crime.
“Pelo que vejo em nosso dia a dia, o problema é a menoridade. Tudo que acontece pela má fama do nosso serviço é devido ao crime que os menores cometem. As pessoas ficam com medo, dessa maneira prejudicada”.
Como informa o Sindicado dos Mototaxistas de São Luís, menos de 5% dos profissionais estão devidamente regulamentados. Um número inexpressivo, uma vez que pelas ruas da cidade circulam de maneira clandestina cerca de 10 mil motocicletas. Para os que exercem a profissão e ofertam serviços em cima das duas rodas, devem seguir a regulamentação determinada a partir do Decreto nº 19.189/99 e Resolução 356 do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN).
“A nossa grande preocupação no sindicato é a regulamentação. É preciso que a sociedade diferencie os mototaxistas de motoqueiros. Devido à ilegalidade nós indicamos à população que só utilize os serviços de mototáxis com colete e em pontos já conhecidos e identificados por placas especiais amarelas”, informou o presidente do Sindicato dos Mototaxistas de São Luís, Luís Gonçalves.
Segundo o sindicato, por meio da Secretária Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT), as permissões de circulação serão suspensas para abertura de um novo processo de regulamentação da categoria. A decisão visa diminuir a informalidade daqueles que trabalham na clandestinidade. Entre as medidas a serem utilizadas no próximo ano, estão a utilização de placa vermelha, moto, capacete e colete na cor amarela com a devida identificação.
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