PROTEÇÃO

Como se prevenir de abordagens criminosas em coletivos

Buscar pontos de fuga, identificar linguagem corporal suspeita e não esboçar nervosismo, são algumas das dicas dos especialistas

Um em cada quatro brasileiros usa ônibus para ir ao trabalho ou à escola todos os dias

Em São Luís, segundo dados do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Maranhão, (STTRMA) no mês de setembro 42 coletivos foram alvos de bandidos. Mesmo vulnerável, o usuário dos transportes coletivos da cidade podem identificar atitudes suspeitas e tomar medidas preventivas para escapar de situações de assalto.

Usuária constante do transporte coletivo, a estudante Dalane Caldas, afirma andar sempre com medo, pois já foi assaltada dentro do ônibus, e hoje evita usar objetos de valor no período da noite.
“Fico atenta aos movimentos das pessoas. Já é um hábito olhar para as portas com medo de algum suspeito. Uma vez, aconteceu de me preparar para descer do ônibus com medo de um ataque. Evito andar com cartões de credito, celular, documentos e dinheiro. Tiro tudo da bolsa, a não ser que vá utilizá-los. Mo mais, eu tento ficar atenta a qualquer atividade anormal dentro do coletivo e contar com a ajuda de Deus mesmo”.
Não reagir
Em um cenário de vulnerabilidade como um assalto, por exemplo, especialistas recomendam que a vítima não reaja. O pesquisador em psicologia criminal, Diego Costa, diz que é possível orientar o usuário dos coletivos para que possam detectar atitudes suspeitas, e assim diminuir as chances de ser vítima de um assalto.
Entre as principais características de comportamento suspeito estão nervosismo, desconforto, linguagem corporal não compatível com o ambiente de tranquilidade, corpo imóvel, olhar se movendo para os lados e para cima, movimentos repetitivos de transtorno compulsivo como mãos no cotovelo e mãos na orelha. O pesquisador acrescenta, “O primeiro sinal que podemos observar é o das mãos e pés agitados, comunicação entre as pessoas nas portas de trás e frente, ou se na cintura do indivíduo há indícios de revolver ou arma branca. Na possibilidade de sair do ônibus, desça”, pontua Diego Costa.
Para o vice-presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Maranhão (Sinpol), Fabrício Magalhães, diante de suspeita, a pessoa deve ligar para a polícia pelo 190. O ideal é nunca reagir diante de bandidos armados, assim como não esboçar atitude nervosa, pois na maioria dos casos de assaltos são menores infratores que podem agir precipitadamente, por saberem que não podem ficar presos.
“O cidadão deve ficar atento a todas as pessoas que entram no coletivo e manter contato visual com motorista e cobrador sobre qualquer suspeita. Uma das dicas também é ficar próximo das portas, caso precise sair rápido. Além de evitar carregar joias e dinheiro que chamem a atenção e curiosidade”, acrescenta Fabrício Magalhães.
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