PRESERVAÇÃO

12ª Romaria da Terra e das Águas do Maranhão reúne multidão em Chapadinha

A vigília noturna foi um misto de celebração e festejo, com a presença de diversos movimentos sociais, populações tradicionais e representantes das 12 dioceses do Maranhão

Foto: Divulgação.


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Evento reuniu mais de 10 mil romeiros em Chapadinha

A 12ª Romaria Estadual da Terra e das Águas do Maranhão reuniu mais de 10 mil pessoas em Chapadinha, entre a noite de sábado e domingo. O Governo do Maranhão esteve presente ao ato, representado pela Secretária de Estado de Direitos Humanos e Participação Popular. O evento é uma promoção da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) – Regional Nordeste 5, com apoio de diversos organismos da Igreja Católica, a exemplo das Pastorais Sociais, Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), Cáritas Brasileira Regional Maranhão e diversas Cáritas Diocesanas no estado.

“A Romaria deste ano agenda dois temas fundamentais para o estado do Maranhão: a questão da preservação das águas e a garantia dos direitos das populações tradicionais. A expansão urbana e a expansão de negócios hoje, no estado, do modo como tem se dado, sem levar em conta os direitos das populações, comprometem os direitos humanos e, ao mesmo tempo, afeta a qualidade de vida de todos, já que atinge a fonte de água que é fundamental para a qualidade de vida no Maranhão. Por isso a importância do Estado incentivar outras matrizes de desenvolvimento, como a agricultura familiar, combinadas com medidas de proteção das bacias hidrográficas e dos direitos das populações tradicionais à terra e à água”, declarou o secretário Francisco Gonçalves.
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Dom Valdeci durante a bênção final

Ele lembra ter participado da construção da primeira Romaria da Terra e das Águas, há quase 30 anos. “Eu participei da organização da primeira Romaria da Terra [e das Águas], que nasceu como um esforço da Igreja Católica em mobilizar todos os atores sociais na defesa dos direitos dos trabalhadores e da qualidade de vida no Estado do Maranhão. Hoje, ao participar da 12ª Romaria da Terra, eu percebo a afirmação de um compromisso do governo com a defesa dos direitos humanos, dos direitos fundamentais das populações”, declarou.

A vigília noturna foi um misto de celebração e festejo, com a presença de diversos movimentos sociais, populações tradicionais – quilombolas, indígenas, ribeirinhos, quebradeiras de coco babaçu – e representantes das 12 dioceses do Maranhão.
A romeira Lourdes Nogueira, 65, de São Luís, credita a esta participação maciça o sucesso do evento. “Foi uma riqueza muito grande, todas as dioceses participaram, todas com temas muito importantes sobre a realidade do Maranhão. Todas as dioceses estudaram e conseguiram concluir com essas discussões muito ricas e muito boas”, avaliou.
Apresentações culturais e quadros sobre a situação das diversas regiões do estado foram realizadas ao longo da noite, no bairro do Areal, onde os romeiros se concentraram. Pela manhã, no local, foi celebrada uma santa missa campal, saindo a multidão em seguida pelas ruas de Chapadinha, com paradas na sede do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do Município, na Igreja de Nossa Senhora das Dores, Matriz do lugar, até chegar a Praça do Viva, onde Dom Valdeci Santos, da Diocese de Brejo, que acolheu o evento, fez o envio, abençoando a todos os presentes e agradecendo suas presenças e compromisso para com Deus e o lugar onde vivem.
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