FAMÍLIA

Filhos à procura do pai

Manoel Gusmão dos Santos saiu de casa há 29 anos. Os quatro filhos querem encontrar o pai e, dentro do possível, recuperar o convívio familiar

Não tenho nenhuma magoa, raiva, nada disso. Para mim, é meu pai e quero encontrá-lo para sermos amigos. Só isso. Reinaldo Gusmão, que procura o pai, sumido há 29 anos

“Não tenho nenhuma magoa, raiva, nada disso. Para mim, é meu pai e quero encontrá-lo para sermos amigos. Só isso”. O relato é do assistente de estúdio Reinaldo Gusmão dos Santos, de 36 anos, que está à procura do pai, Manoel Gusmão dos Santos, hoje com pouco mais de 50 anos de idade. O pai saiu de casa há 29 anos – em maio de 1986 – para trabalhar na cidade de Monte Alto, em Belém (PA). Desde então, a família perdeu o contato com ele. Os demais irmãos são: Regiane Gusmão dos Santos, de 34; Reginaldo Gusmão dos Santos, de 35; e Paulo Cesar Gusmão dos Santos, 36 anos. Neste Dia dos

Pais, o maior presente destes filhos seria ter qualquer notícia do pai que não veem há quase três décadas.
Segundo a ex-mulher e mãe dos meninos, Maria da Graça Santos, de 64 anos, o casal já estava separado quando ele viajou. O fim do relacionamento impossibilitou ainda mais algum tipo de contato. Maria da Graça ficou aqui na capital com os quatro filhos, todos ainda pequenos. “Meus filhos não entendiam bem o que estava acontecendo e eu não tive mais notícias do pai deles”, disse. Nenhum contato mesmo, nem telefone, e-mail ou informação sobre o pai dos meninos. Nem da parte dela, nem dele, que, segundo relata, após viajar, não chegou a procurar mais a antiga família.
Para os filhos, o pai ainda pode estar morando em Belém.
Há cerca de uns dois meses despertou em Reinaldo Gusmão a vontade de conhecer e procurar o pai. O único contato que poderiam ter com o pai, aqui em São Luís, seria a avó materna, mas que já é falecida. Ela morava em bairro próximo à família e, apesar de não ser comum as visitas, havia uma convivência harmoniosa. “Com o falecimento dela, ficamos sem qualquer referência do meu pai, alguém que pudesse nos ajudar a procura-lo”, relata.
Reinaldo tem traçado meios para chegar ao pai e conta com apoio de alguns dos irmãos. As redes sociais têm sido uma grande aliada para ele, que se utiliza da ferramenta para tentar encontrar alguém – parente ou mesmo conhecidos e amigos – que possam levá-lo ao pai. “Nosso pai nunca entrou em contato. Então, tá um pouco difícil saber onde está. A gente acha que ele continua em Belém”, supõe. Reinaldo ressalta que a mãe foi e tem sido a única referência de família que ele e os irmãos possuem, mas sente a falta do pai. “Quero conhecê-lo. É meu pai”.
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