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Márcio Rony, o herói esquecido continua inspirador

Em janeiro de 2014, Márcio Rony tentou salvar a vida de uma garota de seis anos, enquanto o ônibus em que eram transportados foi incendiado por um ataque de facções criminosas. A menina, infelizmente, não resistiu.

Reprodução

Pai de sete filhos, um recém-chegado com um ano e seis meses, Márcio Ronny da Cruz Nunes, em suas palavras, não tem mais um vida completa desde quando tomou uma decisão, em janeiro de 2014, de tentar salvar a vida de uma garota de seis anos, enquanto o ônibus em que eram transportados foi incendiado por um ataque de facções criminosas. A menina, infelizmente, não resistiu.

 

 

O ato heroico rendeu a Mácio Rony 75% do corpo queimado, a impossibilidade de se expor ao sol e, ato contínuo, de trabalhar. Mas nem tudo foi negativo. “A vida que eu tinha antes disso, era uma vida péssima. Era do serviço pro bar. E depois que aconteceu, graças a Deus, eu tô tranquilo”, relatou, quando o visitamos em sua casa, no bairro Turiúba, Paço do Lumiar, Região Metropolitana de São Luís.

 

Márcio Rony – O herói esquecido

#TVImparcial Em 2014, São Luís sofreu uma série de ataques criminosos a ônibus. Márcio Rony tornou-se herói ao tentar resgatar uma menina de 6 anos e ter mais de 70% do corpo queimado. Como ele está quase 4 anos depois?

Posted by O Imparcial on Saturday, December 9, 2017

 

Após um ano e 11 meses do dia fatídico, ao rememorar os minutos de terror que passou, Rony continua inspirador: “Eu não culpo nenhum deles. A gente tem que aprender a amar o próximo.”

Devido à gravidade das queimaduras que sofreu pelo corpo inteiro, Márcio ainda faz tratamento, sem previsão de finalização. “Quando eu fico suado, ela coça [a pele]. Contudo, Rony relata ter dificuldades em obter os medicamentos. “O Estado, eu tive que colocar na justiça. ” Segundo ele, a Secretária de Saúde o considera saudável, sem mais necessário ter acompanhamento farmacológico. “Eu é que ainda sinto as coisas que estão agravadas dentro de mim, né?”, disse Rony.

Em nota, a Secretaria de Saúde do Estado informou que a falta de medicamentos a Márcio Rony é devido a um entrave em processos licitatórios. Mas que o tratamento continua assegurado pelo Governo do Estado.

Sobre o futuro, após altos e baixos e uma mudança de vida, Rony se emociona e como qualquer herói, só quer o bem dos que os rodeiam: “O que eu quero – se Deus me der oportunidade, né? – é terminar de criar meus filhos e viver em paz.”

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