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Novo coronavírus: estudo aponta que dexametasona pode reduzir mortes de pacientes graves

O medicamento faz parte do maior teste do mundo de tratamentos existentes para verificar se também são eficazes na luta contra o novo coronavírus.

Medicamento pode reduzir a porcentagem de óbitos de pacientes com Covid-19 em estado grave. Foto: Pierre-Philippe Marcou / AFP

Os primeiros resultados de um teste clínico britânico da Universidade de Oxford anunciado hoje (16), aponta que o tratamento com o corticoide dexametasona reduz em um terço o índice de mortalidade entre os pacientes mais graves do novo coronavírus.

O medicamento faz parte do maior teste do mundo de tratamentos existentes para verificar se também são eficazes na luta contra o novo coronavírus. 

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Os autores do estudo clínico que recebeu o nome de Recovery, informaram que “a dexametasona é o primeiro medicamento que observamos que melhora a sobrevivência em caso de covid-19”. O medicamento foi aplicada em doses de 6 mg uma vez por dia em mais de 2 mil pacientes no Reino Unido que estavam em estado grave.

Os resultados apontam que uma morte seria evitada a cada 8 pacientes que respiravam com o auxílio de respiradores, ou para 25 pacientes que necessitem apenas do oxigênio durante o tratamento.

Pouco depois do anúncio, o governo britânico disse que o tratamento será usado imediatamente para tratar os pacientes afetados.

“O benefício em termos de sobrevivência é importante entre os pacientes que precisam de oxigênio. Para eles, a dexametasona deveria virar o tratamento base a partir de agora”, disse um dos coordenadores do teste Recovery, o doutor Peter Horby, da Universidade de Oxford

Dexametasona

A dexametasona é um glicocorticoide sintético que faz parte da classe dos corticosteroides. Tem poder altamente anti-inflamatório e imunossupressor.

O medicamento também pode ser usado em tratamentos intensivos e de curto prazo em casos de doenças reumatológicas, distúrbios da pele, alergias, transplantes, tumores e problemas oculares, pulmonares, gastrointestinais, neurológicos e sanguíneos.

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