ELEIÇÕES 2022

Especialista político conta como Flávio Dino pode ser candidato ao planalto 2022

O cientista político, Alberto Carlos Almeida, fez uma análise do cenário que se forma em decorrência dos movimentos políticos feitos por Flávio Dino com foco em 2022

Reprodução

A movimentação em função das eleições presidenciais de 2022 já começaram. E o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), já deixou bem claro que vai concorrer ao cargo mais alto do executivo brasileiro. Sobre este cenário que está se desenhado, o cientista político, sociólogo e pesquisador, Alberto Carlos Almeida, fez uma análise em seu canal no YouTube mostrando de que forma cada pré-candidato tem se posicionado para alcançar o seu objetivo.

Segundo Alberto Carlos Almeida, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), mesmo sem confirmar se vai concorrer para se reeleger, se comporta com frequência pensando em 2022. O presidente vai eliminando pessoas que estão dentro do governo como o ex-ministro da justiça, Sérgio Moro, além de outros que estariam se aproveitando da visibilidade de sua gestão. E faz isso para se cacifar politicamente junto à opinião pública e lá na frente ser candidato, acrescentando que as aparições do presidente em frente ao Palácio da Alvorada para os manifestantes é uma forma de fidelizar a sua base eleitoral, e que tudo é útil dado o seu desgaste.

O cientista político também fez uma análise sobre as últimas notícias com relação a aproximação do governador Flávio Dino com a direção nacional do PSB. “A movimentação do PCdoB e uma sinalização do PSB são favoráveis à fusão dos dois partidos. Ou, eventualmente, até mesmo uma incorporação do PCdoB pelo PSB. Isso está em curso. É uma negociação, tudo é lento, as coisas devem ser sedimentadas, são várias as negociações e o caminho que ele encontrou, Ciro Gomes já tem que é o PDT, o PT deve ter seu candidatura e Flávio Dino não será candidato se for pelo PCdoB, apenas.”

Se for só pelo PCdoB, ele será candidato a senador pelo Maranhão a uma vaga no senado pelo Maranhão com um mandato de oito anos, algo fundamental para seu estado”, analisou Alberto Carlos Almeida.

De acordo com Alberto Carlos Almeida, para que Flávio Dino viabilize a sua candidatura a presidente, ele pode fechar um acordo com o PSB, que tem como a sua principal base o estado de Pernambuco. “O governador do PSB de Pernambuco tem como vice, Luciana Santos, presidente nacional do PCdoB, o que mostra essa aproximação. É do jogo, e Flávio Dino topa sim ser candidato a presidente desde que seja esse partido turbinado, um partido mais forte que o PSB sozinho. E muito mais forte que o PCdoB que hoje é bastante pequeno. Então os dois viabilizaria a candidatura de Flávio Dino. É necessário que outros fatos políticos aconteçam e isso pode se verificar nas eleições municipais de 2020”, avaliou Almeida

Sobre o pleito deste ano, que escolhera prefeitos e vereadores em todo o país e que antecede as eleições de 2022, Alberto Carlos Almeida, explicou que este será o primeiro ano de eleições com a proibição de alianças para o cargo de vereador, tenderá à uma redução de partidos. “O Brasil tem 5.700 municípios, quando se pegar o resultado final da eleição pode ficar a mesma quantidade de partido se todos elegerem muitos vereadores, muitos prefeitos. Não é essa a redução do resultado agregado que eu estou falando.

O que vai acontecer e vai ser lido de maneira importante pelos partidos é a redução dentro de cada município. Então municípios que hoje tem uma câmara de vereadores com três, quatros, cinco, vinte partidos, eles terão a quantidade de partidos dentro daqueles municípios especificamente reduzidos. E os partidos vão perceber isso. Haverá uma leitura disto.

Então vai ter município que só vai ter vereadores de um partido ou muitos municípios que vão ter vereadores dois partidos apenas, municípios que tem cinco, seis partidos. Isso tem haver com a lógica da fórmula eleitoral”, ressaltou o cientista político.

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Alberto Carlos Almeida, acrescentou em sua análise que esta pode ser a justificativa ao final do ano, em função do resultado eleitoral na eleição municipal para que o PCdoB diga; “Olha chegou a hora de realmente entrar em outro partido ou fazer a fusão com outro partido. Esse ano será primeira eleição em função da proibição da coligação para o cargo proporcional de vereador. Na eleição passada, o próprio PCdoB ele só continuou tendo acesso ao fundo partidário e ao tempo de televisão porque depois da eleição ele incorporou outro partido e entrou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) solicitando o deferimento para que contasse efeito de cálculos de acesso ao fundo partidário e de tempo de TV, caso contrário o PCdoB teria perdido isso. A Rede perdeu. Cada vez mais partidos vão perder isso no decorrer da aplicação, tanto da cláusula de barreira, quanto das proibições das coligações eleitorais para cargos proporcionais”, avaliou o cientista político.

Para ter uma representatividade forte junto ao eleitorado, Alberto Carlos Almeida, explicou ainda que os grandes partidos vão lançar vários candidatos justamente para puxar a votação de vereador. “O que nós vamos ver ao final desse processo eleitoral deste ano, é que a justificativa do PCdoB será: “Chegamos ao fim de linha vamos fazer de fato a fusão com o PSB. Por isso, é necessário dar tempo ao tempo. O que Fla´vio dino está fazendo é legitimo, é do jogo político. Então vamos ter um candidato pelo PT que pode ser o Hadad, que é o favorito ou Rui Costa que vem mostrando interesse a ser candidato a presidente. 

Camilo Santana acho difícil, porque ele é do Ceará e tem muita ligação com Ciro Gomes. Se ele tivesse menos ligação ele estaria no páreo. Ciro será candidato do PDT e Flávio Dino caminha a ser candidato à presidente pelo PSB e PCdoB juntos. Partidos fundidos com tempo de Tv e mais recursos de campanha. Marina teve 1% de votos na eleição passada e pode ser candidata pela Rede, mas será de imensa irrelevância. Então está se compondo o quadro pela esqueda”, disse o cientista político.

Já pela direita, Alberto Carlos Almeida, afirmou que o quadro ainda não está claro, e que dependendo dos fatos políticos, Bolsonaro conclui o seu mandato e disputa a reeleição. Sergio Moro ainda não está claro se vai ser candidato pelo comportamento dele e João Dória pode ser candidato pelo PSDB/DEM que são muito próximos, tendo como vice o ACM Neto ou outro. “Aumentam as chances de Flávio Dino ser candidato a presidente em função desta aproximação do PCdoB com o PSB”, concluiu Alberto Carlos Almeida.

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