A possibilidade de assistir a uma infinidade de filmes e séries a partir do conforto de casa e à distância de um clique veio reinventar o mundo do cinema e o significado atual do que é a sétima arte. Plataformas como a Netfliz, Amazon Prime Video e HBO Go são um êxito no Brasil, o sexto maior consumidor de streaming do mundo, de acordo com o levantamento realizado pelo App Annie.

De fato, as plataformas de streaming destacam-se pela maior liberdade de escolha e de controle que oferecem ao consumidor. Nelas, o telespectador tem a possibilidade de montar a sua própria programação ou até uma — ou várias — playlists de acordo com a sua preferência. Além disso, a oferta também é superior à da televisão aberta, com a aposta em produções próprias de gêneros diversificados. Destas produções, algumas são brasileiras, como é o caso de “Coisa mais Linda” e “Sintonia”, da Netflix, e “Área de Serviço”, da HBO. A democratização do cinema assume-se como um elemento essencial para os clientes migrarem para estas ferramentas online.

Este novo paradigma para a indústria do audiovisual faz surgir várias reflexões. Com o objetivo de chegar ao maior número de pessoas possível, é necessário entender a dimensão deste mercado. Efetivamente, a força do streaming no país pode ser comprovada em números, com 9 em cada 10 pessoas utilizando algum serviço streaming. A empresa Toluna efetuou uma pesquisa na qual inquiriu 826 pessoas, das quais 93% afirmou acessar diferentes serviços de vídeo sob demanda. Desta amostra, 53% também declarou assistir a estes serviços diariamente, enquanto que 24% assiste entre quatro a seis vezes por semana. Em relação às despesas, 40% dos entrevistados informaram gastar entre R$40 a R$50.

Assim, estes serviços representam atualmente a segunda maior audiência do mercado de entretenimento brasileiro. Em junho de 2020, estas plataformas acumularam cerca de 15% do market share e uma média de sete pontos no Ibope, números unicamente superados pela Globo, deixando todas as outras emissoras para trás. Estes dados, referentes ao período diário das 7 horas às 24 horas, refletem que, neste horário, 15 em cada 100 televisores estavam consumindo conteúdo por streaming. Porém, também a própria Globo aderiu aos serviços de vídeo com a criação, em 2015, do Globoplay, uma plataforma digital de streaming de vídeos sob demanda que conta com conteúdos que vão além das suas produções originais.

Com uma audiência e valor artístico crescentes, as plataformas de streaming afirmam-se no mercado e os seus números em audiência são inegáveis. Entre os motivos que levam o público a se fidelizar destacam-se a variedade do conteúdo e os preços praticados comparativamente à televisão por assinatura. Contudo, estes serviços também possuem particularidades que já se consolidaram como uma excelente forma de atrair clientes. Entre as mais relevantes está o sistema de classificação dos filmes com base nas interações dos seus consumidores. O modelo de avaliação é semelhante em distintos setores, tal como acontece nas formas de classificação de diferentes casinos online, nas quais é efetuada uma avaliação por peritos entre 1 a 5 estrelas, de acordo com critérios como segurança, software, jogos e apoio ao cliente.

Também aplicativos de celular são alvo destes modelos de avaliação através das suas lojas. Em casos como a App Store ou Google Play Store, o feedback parte dos consumidores que classificam as apps, contribuindo com as suas perspectivas para o desenvolvedor e para potenciais usuários. Um outro serviço que faz uso destes métodos de classificação de performance é a Uber, que permite aos usuários dos serviços classificarem todo o processo, desde o condutor, o trajeto e até as condições oferecidas.

Dessa forma, o consumo destes serviços sobressai pela acessibilidade e personalização que fornecem aos clientes. Independentemente do seu gênero de filmes favorito, pode encontrar nestas plataformas um número infindável de opções. Desde produções brasileiras que exibem diferentes olhares sobre o país até produções internacionais, os seus desejos concentram-se num espaço de cinema democratizado.