BASTIDORES

O homem e o aquecimento global

Aquecimento global é a hipótese que os cientistas criaram para explicar índices que indicam um aumento na temperatura em várias partes do planeta.  Em 1988, a ONU criou, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas –IPCC.  O IPCC, co-vencedor do prêmio Nobel da Paz já no mesmo ano, reúne 2.500 cientistas de mais de 130 países […]

Aquecimento global é a hipótese que os cientistas criaram para explicar índices que indicam um aumento na temperatura em várias partes do planeta.  Em 1988, a ONU criou, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas –IPCC.  O IPCC, co-vencedor do prêmio Nobel da Paz já no mesmo ano, reúne 2.500 cientistas de mais de 130 países e tem por objetivo de apresentar análises aprofundadas sobre o aquecimento da Terra, avaliando seu impacto e propondo medidas preventivas e adaptações necessárias para minimizar seus efeitos.

Em seu relatório publicado na conferência de Paris (2007), O IPCC confirmou que o clima está mudando e a culpa é do homem. 

 Infelizmente, mais de uma década depois, a situação está pior, apesar das alertas e das campanhas de sensibilização da população e dos governos quanto a esta questão crucial para sobrevivência humana.

A versão final do Relatório Especial sobre o Aquecimento Global divulgado pela IPCC em junho de 2018, revela que nosso planeta está em seus limites.  O IPCC revela que ondas de calor vão ocorrer com mais frequência e devem durar mais tempo.  A elevação da temperatura dos oceanos, até cem metros de profundidade, pode variar entre 0,6 ºC e 2 ºC até 2100.  Além disso, devido ao aumento do degelo dos glaciares, o nível do mar deve subir entre 26 a 55 centímetros na pior hipótese e, entre 45 a 82 centímetros, na melhor hipótese.  O gelo do Ártico pode diminuir até 94% durante o verão no hemisfério norte, até 2100.  As concentrações de dióxido de carbono subiram 40% desde a época pré-industrial (1750), causadas pelas emissões provenientes da queima de combustíveis fósseis.

Na realidade, desde sua criação há mais de 4,6 bilhões de anos, o planeta terra sofre constantes mudanças de temperatura, alternando períodos de “aquecimento” e “glaciação”, causados por fenômenos naturais, em ciclos de 100.000 anos cada um.  Cada ciclo começa por um aquecimento brutal, seguido por um período intermediário de aquecimento de cerca de 20.000 anos chamado período interglacial, e termina pelo período de glaciação para encerrar o ciclo e reiniciar um novo.  Nosso planeta está vivendo hoje em plena fase interglacial que precede, portanto, o período glacial. 

A partir da revolução industrial, as mudanças climáticas se ampliarem, ficando causadas pelo homem por meio da poluição e do desmatamento e com ciclos cada vez menores.  A Revolução Industrial mudou para sempre a relação entre o homem e a natureza.  Estima-se que até o final do século 21, a poluição causada pelo homem teria prejudicado as condições básicas do aparecimento da vida na Terra.

No Brasil, a preocupação com o aquecimento global está aumentando na população.  Uma pesquisa CNI/IBOP mostrou que 60% dos brasileiros consideram o tema muito grave.  O Governo brasileiro aprovou junto à ONU a Política Nacional sobre Mudanças Climáticas e regulamentou o Fundo Clima que destinou R$ 226 milhões para ações na área.  O compromisso é de reduzir as emissões nacionais de gases estufa entre 36,1% e 38,9% até 2020 e de diminuir significativamente o desmatamento anual da Amazônia.

O aquecimento global está perturbando a forma com que o clima mantém o equilíbrio de nosso planeta.  O problema é tão grave que está constituindo uma ameaça em escala global que pode causar escassez de alimentos e graves problemas sociais.  Em longo prazo, as alterações do clima terão consequências irreversíveis e catastróficas sobre toda humanidade.

Esperamos, portanto, uma conscientização maior sobre a gravidade do problema.  É de fato das escolhas presentes da nossa sociedade, da forma e do modo de nosso consumo da energia, e do respeito ao nosso meio ambiente que depende o tamanho do impacto para as gerações futuras.

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