COMEMORAÇÃO

Oito histórias atípicas do dia-a-dia de carteiros em São Luís

Neste dia 25 de janeiro, comemora-se o Dia do Carteiro. A cada rua, uma história. Confira algumas delas!

O neto adotivo

Waílson Oliveira, carteiro há 5 anos

“Quando eu era carteiro em Barreirinhas, eu fui entregar em uma casa de campo pela primeira vez. Toquei a campainha e, quando a mulher abriu, ela começou a chorar. Ela falou: ‘Gelysson?’. Disse que eu era muito parecido com neto dela, que tinha falecido de acidente de moto. A partir desse dia, eu fiquei amigo dela. Todo dia ela me dava lanche, presente… Tanto é que eu chamava ela de ‘avó’, já. Ela tinha loja de roupa, então ela me dava camisetas… Lá em Barreirinhas, eu tinha contato com todo o tipo de gente. Era amigo de todo mundo. Eu sempre gostei muito de academia, então malhava de graça, era bom demais. Aqui [em São Luís], é mais complicado. Uma vez, fazendo uma entrega para uma pessoa, chegaram dois caras em uma mototáxi para executar ele. Acho que era acerto de dívida de drogas. Eles brigaram, teve tiro. Minha moto estava ligada e eu fugi. Mas Barreirinhas era bom demais. Se eu tivesse ficado lá, teria virado vereador”.

‘Você sabe com quem está falando?’

Bruno Cesino, carteiro há 8 anos

“Fui entregar uma carta na casa do cidadão. Bati no portão e aguardei. Ele estava perto e eu disse ‘senhor, tem uma correspondência que você precisa assinar para receber’. Ele já me olhou lá de dentro e disse que eu era saliente, que eu não podia forçar ele a fazer nada. Eu pensei que tinha entendido mal. ‘Senhor, não estou entendendo’, eu disse. Ele já veio de lá gritando: ‘rapaz, tu é saliente! Sabe o que acontece se eu te der um tiro?’ e eu respondi: ‘olha, das duas, uma: ou eu vou me machucar, ou eu vou morrer. Mas o senhor, com certeza, vai pagar’. Ele veio de lá me chamando de arrogante e eu só disse: ‘o senhor vai receber ou não vai? Se o senhor não quiser, eu vou embora’, e fui para a minha moto. Ele veio atrás de mim e disse: ‘você sabe com quem está falando?! eu sou um policial federal!’ e respondi: ‘e eu… Não tenho nada a ver com isso’. Aí é que o filho dele veio e apaziguou o momento, assinando o documento. Era só ter feito isso. Tão simples!”

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