Janot diz que 80% das delações foram com os réus soltos

“Existe uma ideia de que essas delações premiadas são conseguidas em razão dos réus estarem presos. Quase 80% das colaborações foram obtidas com réus soltos”, declarou

Em sua primeira resposta na sabatina, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que o Ministério Público Federal está trabalhando firme no caso das contas milionárias no exterior de brasileiros no banco HSBC. “A lista já chegou. O problema é que o sistema do HSBC foi alterado depois de 2006. Hoje, o sistema não é o mesmo que rodou até 2006. Temos que compatibilizar o novo sistema com o antigo para termos acessos firmes e confiáveis. Estamos trabalhando nesse aspecto”, afirmou.
Ele declarou também que o próprio servidor do HSBC, responsável pelas denúncias, disse que viria ao Brasil para auxiliar nas investigações. Em relação ao instituto da colaboração premiada, Rodrigo Janot afirmou que o colaborador não pode ser visto como um dedo-duro. “A lei diz que você não pode utilizar o mero depoimento do delator como prova. Fazendo as comprovações, aí sim ganha força o que ele disse. É uma questão técnica e tem a vantagem de acelerar e muito as investigações”.
A resposta foi dada ao senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), que lembrou declaração da presidente Dilma Rousseff alegando que não respeitava os delatores. “Existe uma ideia de que essas delações premiadas são conseguidas em razão dos réus estarem presos. Quase 80% das colaborações foram obtidas com réus soltos”, declarou Janot.
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