LAVA JATO

Polícia Federal indicia presidente da Andrade Gutierrez

Otávio Marques de Azevedo foi indiciado por corrupção ativa, fraude em licitação, lavagem de dinheiro e crime contra a ordem econômica

A Polícia Federal indiciou na noite desse domingo o presidente da empreiteira Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo por corrupção ativa, fraude em licitação, lavagem de dinheiro e crime contra a ordem econômica. O delegado Eduardo Maut da Silva, da Operação Lava-Jato, destacou, em relatório parcial à 13ª Vara Federal de Curitiba, que ele foi citado nominalmente pelos delatores do caso e ainda fez negócios com o lobista Fernando “Baiano” Soares. O executivo vendeu uma lancha para o operador, que é ligado ao PMDB, segundo os investigadores.
Baiano passou a operar para a Andrade Gutierrez a partir de 2008 e 2009, de acordo com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. “(Isso) demonstra a proximidade entre ambos”, concluiu Mauat. Outras pessoas relacionadas à empreiteira no inquérito aberto em janeiro também foram indiciadas pela PF. “Em relação a Otávio Marques de Azevedo e a Rogério Nora de Sá, não se trata de uma imputação objetiva, mas de não aceitar a invocação de ignorância em benefício próprio”, afirmou o delegado.
Até a meia-noite de hoje, a PF deve liberar o relatório da Odebrecht, que tem entre os investigados o presidente da construtora, Marcelo Odebrecht, e o ex-diretor Alexandrino Alencar. A expectativa é que os dois – ambos próximos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – sejam indiciados pela polícia.
Em nota divulgada na noite deste domingo, a Andrade Gutierrez negou a prática dos crimes de corrupção, cartel e fraude em licitação. A empreiteira disse mais uma vez que “não tem ou teve qualquer relação com os fatos investigados pela Lava-Jato”. “A empresa reitera que nunca participou de formação de cartel ou fraude em licitações, assim como nunca fez qualquer tipo de pagamento indevido a quem quer que seja”, disse a assessoria da construtora.
Os assessores da Andrade criticaram o indiciamento de seus executivos a prisão deles. “A empresa reafirma ainda que não existem fundamentos ou prova que justifiquem a prisão e o indiciamento de seus executivos e ex-executivos.” A empreiteira diz que está à disposição para restabelecer “a verdade dos fatos e a inocência da empresa” e de seus executivos.
A íntegra da nota da empreiteira
A Andrade Gutierrez reafirma que não tem ou teve qualquer relação com os fatos investigados pela Lava Jato. A empresa reitera que nunca participou de formação de cartel ou fraude em licitações, assim como nunca fez qualquer tipo de pagamento indevido a quem quer que seja. A empresa reafirma ainda que não existem fundamentos ou prova que justifiquem a prisão e o indiciamento de seus executivos e ex-executivos. A Andrade Gutierrez volta a afirmar que sempre esteve à disposição das autoridades para colaborar com as investigações e esclarecer todas as dúvidas o mais rapidamente possível, restabelecendo de vez a verdade dos fatos e a inocência da empresa e de seus executivos.
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