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Líderes do PT e do PMDB na Câmara divergem sobre pesquisa CNI-Ibope

Guimarães citou o apoio de Obama ao governo como sinal positivo da recuperação

O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), disse nesta quarta-feira, 1º/7, que não se preocupa com o resultado da pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), segundo a qual o percentual de pessoas que consideram o governo ótimo ou bom caiu de 12% para 9%.
Segundo ele, pesquisa é um dado de momento, e acha que “juntando tudo”, “a gente tem aprovação de 20 a 25%, [índice] que poucos governadores têm. Não estou preocupado com isto. Estou preocupado em construir aqui uma agenda diferente desta do pessimismo, do ‘quanto pior melhor’”, disse ele, lembrando que 21% dos entrevistados avaliaram o governo como regular.
O petista afirmou que já há sinais de uma retomada do processo de crescimento do país, e destacou a declaração do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que rebateu uma jornalista brasileira, afirmando que o governo norte-americano vê o Brasil como uma potência global e não como liderança regional.
Temos que entender, segundo ele, que há uma articulação e o pessimismo contamina o ambiente político. Mas “estou muito seguro que a afirmação de Obama é o sentimento generalizado em todas as economias. As pessoas dizem que não tem quem invista no Brasil, mas somos o terceiro ou quarto em aporte de investimentos internos e externos”, avaliou.
O PMDB não compactua com o mesmo otimismo. O deputado Leonardo Picciani (RJ), líder do partido que também compõe a base governista, mas anda com as relações estremecidas com o PT, avaliou que há tempo de corrigir erros, mas vê o resultado da pesquisa como “reflexo dos erros que o governo tem repetido”.
“Creio que possibilidade de recuperar existe, mas não ocorre porque tudo que não deu certo, tudo o que deu errado e levou à baixa aprovação [do governo], continua sendo feito”, avaliou. Para ele, a queda da aprovação é reflexo de uma economia recessiva e da falta de ação politica. Segundo Picciani, a crise é tanto econômica quanto política. “O governo continua errando na interlocução com a sociedade e com a base parlamentar. Acho que precisa mudar tudo”, completou.
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