INTERLIGADOS

Da Colômbia ao Coroadinho

Noticiou a imprensa local, esta semana, um fato singular (nem tanto assim, veremos) de que toda uma rua, no bairro do Coroadinho, teria sido abandonada por seus moradores. Foram dessa maneira obrigados, os ali residentes, diante da crescente violência local decorrente do narcotráfico e da luta entre gangues rivais. Mas que, praza aos céus, a […]

Noticiou a imprensa local, esta semana, um fato singular (nem tanto assim, veremos) de que toda uma rua, no bairro do Coroadinho, teria sido abandonada por seus moradores. Foram dessa maneira obrigados, os ali residentes, diante da crescente violência local decorrente do narcotráfico e da luta entre gangues rivais. Mas que, praza aos céus, a polícia já teria agido prontamente para pôr fim ao descalabro. Eis o fato. Isolado? Veremos.
No plano nacional, tivemos em Brasília que finalmente começou a ser votada a sempre prometida, e adiada, reforma legislativa sobre a badaladíssima questão da redução da maioridade penal. Esse começo de reforma somente ocorreu graças à determinação cívica e coragem moral do atual presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, evangélico da melhor qualidade, que resolveu pautar o tema que há mais de vinte anos era solertemente boicotado pelos partidos de esquerda. Fato isolado?
Pois bem. Lembram-se os leitores, aqueles já de alguma idade, do tempo em que as crianças tinham seus jogos de montagem. Nada era eletrônico: uma peça aqui, outra acolá, até que a figura se formava, uma vez completado o quadro. Imensa era a satisfação lúdica e intelectual da criança com o completo desfecho do jogo. Daí porque hoje convido o sempre infantil leitor, (na memória nunca deixamos apagar em nossa interior nostalgia aquele menino que fomos), a montar um inocente jogo.
Peça nº 1 – Os partidos comunistas da Colômbia (FARC), Venezuela, Equador e Bolívia continuam a promover e sustentar o narcotráfico das drogas para o mundo. Mercado preferencial, em grandeza populacional e financeira, para essas drogas é o brasileiro. Os exércitos dos países governados pelo Foro de São Paulo têm papel relevante na proteção armada aos cartéis do tráfico.
Peça nº 2 – No Brasil, descobriram os traficantes que esse mercado consumidor sempre deve contar com uma linha auxiliar de colaboradores ideais, não apenas para consumo direto senão que, como “mulas”, para reforçar a rede de distribuição. Diz-se ideais tais colaboradores porque, situados na faixa etária de 16 aos 18 anos, são tidos como intocáveis pela lei brasileira: podem delinquir à solta porque estão apenas cometendo inocente e veniais “atos infracionais”. Essa excelente linha auxiliar do tráfico precisa ser preservada. Vale dizer, deseja o narcotráfico que a lei brasileira deva ser mantida a fim de que o “menor” continue sendo aquele que ainda não tem o necessário discernimento para entender o caráter criminoso do ato que pratica. Situam-se nessa área do raciocínio: presidente da República, governadores, prefeitos e esquerdistas afins, abrigados nas siglas do PC do B, PT, PSOL etc.
Peça nº 3 – Se a redução da maioridade vier a ser aprovada no Congresso Nacional, ter-se-á a certeza de que a sociedade brasileira será a grande beneficiária, eis que contará com mais uma arma para combater o crime; reflexamente, o mercado das drogas será o grande derrotado pois terá perdido o concurso valioso de sua falange dourada. Quando os esquerdistas falam em direitos humanos, necessidade de reabilitação de menores e políticas sociais para combater a redução da maioridade, na verdade estão usando da boa e velha cortina de fumaça para esconder o temível receio que já alimentam com a perda da aludida linha auxiliar. Claro que esse argumento, pela feiura moral que esconde, não pode ser publicamente assumido pelos comunas. Mas o leitor, inteligente que é, poderá chegar a uma conclusão. Basta juntar as peças. A conexão é perfeita para premiar o império do crime.
Peça final – O nosso Estado é governado pelo PC do B. Nosso ilustre governador já deu seu voto contra a redução da maioridade. Nesse caso, soa paradoxal que nossa polícia militar vá ao Coroadinho trocar tiros com traficantes. A meada é complexa: uma ponta de fio está na Colômbia; a outra mora no Coroadinho.
VER COMENTÁRIOS
Polícia
Concursos e Emprego
Esportes
Entretenimento e Cultura
Saúde
Mais Notícias