ENTREVISTA

Bira fala sobre a criação da rede de educação profissional e tecnológica

Bira do Pindaré explicou que das 23 unidades já anunciadas pelo governador Flávio Dino, cinco devem entrar em funcionamento a partir de fevereiro

Bira do Pindaré

Pela primeira vez na história, está sendo criada uma rede de educação profissional e tecnológica no Maranhão, em entrevista concedida à reportagem, o secretário de Estado de Ciência Tecnologia e Inovação, Bira do Pindaré, informou que o passo mais importante para a criação da rede são as unidades do Instituto de Educação Ciência e Tecnologia do Maranhão (Iema), cujo processo de implantação e gestão ocorrerá de forma participativa com as comunidades.

Bira do Pindaré explicou que das 23 unidades já anunciadas pelo governador Flávio Dino, cinco devem entrar em funcionamento a partir de fevereiro do próximo ano, incluindo as unidades de São Luís e São José de Ribamar.  O secretário destacou que o modelo de gestão atual representa um passo firme e concreto para o desenvolvimento do Maranhão, contribuindo para a democratização do acesso ao ensino superior e rompendo com o modelo de anos anteriores onde não havia investimento para o ensino técnico no estado.
O IMPARCIAL – Como será o funcionamento do Iema?
Bira do Pindaré – O Iema é o Instituto de Educação Ciência e Tecnologia do Maranhão que será o braço do Governo do Estado na formação técnica de nível médio e também superior, como tecnólogo, um compromisso de campanha do governador Flávio Dino. Será uma estrutura de ensino distribuída em todo o estado do Maranhão com docentes devidamente selecionados. Nossa prioridade para acesso às unidades do Iema é o jovem de ensino médio que receberá uma formação com foco na profissionalização.
Qual o grande diferencial do Iema em relação às demais instituições de ensino do estado?
Estamos criando pela primeira vez uma rede de educação profissional e tecnológica. Nunca o Governo do Maranhão tinha dado atenção tão enfática para essa área como está sendo dada agora na gestão do governador Flávio Dino. Esse é o diferencial e faremos um forte investimento criando uma rede com capilaridade em todo o estado, com diferentes níveis e plataformas. Em plataformas de unidades plenas haverá ensino em tempo integral e ensino profissionalizante. Teremos também as plataformas de unidades vocacionais focadas mais nos arranjos produtivos e teremos plataformas de ensino à distância. Tudo isso estará integrado em rede e com acesso democratizado a todos os maranhenses. Isso não existia, o Governo não tinha nenhuma estrutura voltada para isso, de maneira que ou o estudante conseguia uma vaga na rede federal, nos IFMAs, ou então teria que ficar na rede regular tendo como única opção a preparação para o vestibular. A possibilidade do estudante maranhense ter acesso a formação técnica e profissional foi descartada pelo Estado durante muitos anos. Agora estamos fazendo a mudança dessa postura com afinco.
Na unidade plena, serão oferecidas quais atividades?
A unidade plena vai oferecer todas as modalidades de curso e será integrada com o ensino médio, além de possibilitar também a implantação de cursos de tecnólogo. Durante o dia, podemos oferecer o ensino médio integrado ao ensino profissionalizante e à noite podemos fazer os cursos de tecnólogo, por isso é uma unidade plena, porque serão oferecidas todas as atividades, incluindo esporte, cultura, refeição. É uma unidade que oferece toda possibilidade de formação para os jovens, enquanto as outras unidades serão mais focadas em cursos direcionados a determinadas áreas econômicas relevantes para o estado, como é o caso do Estaleiro Escola.
Quais cursos serão oferecidos e quantas vagas serão criadas?
Nas unidades plenas teremos a capacidade de atender mais de mil estudantes em cada uma delas, embora o número de vagas em todo o estado ainda vá ser definido. Nós iremos ouvir especialistas sobre as melhores propostas de cursos de acordo com a dinâmica econômica do estado, mas vamos ouvir também a comunidade porque vamos considerar o lado vocacional de cada região e ouvir as diversas representações como prefeitura, câmara, movimento social, sindical, dentre outros. Tudo isso tem que ser abordado e vamos fazer isso de forma transparente em regime de audiência pública.
Como será o acesso dos estudantes ao Iema?
Nós ainda iremos discutir o modelo de desenvolvimento institucional e o projeto político pedagógico. Temos inclusive uma instituição, o ICE, Instituto de Corresponsabilidade pela Educação, que foi conveniado com o Estado para nos acompanhar na elaboração desse planejamento. A princípio nossa ideia não é fazer seleção de estudantes, mas contemplar os alunos de modo geral em um sistema democrático e aberto a qualquer jovem de qualquer segmento social, especialmente as pessoas que mais precisam.
Qual a previsão para o início das atividades?
Já no próximo ano temos essas cinco unidades, que incluem o antigo colégio Marista, que é a principal unidade de São Luís; temos também a unidade de Ribamar, que seria um Centro Tecnológico e vamos adaptar para ser uma unidade plena; Pindaré-Mirim; Bacabeira, a escola foi oferecida pela prefeitura, o prédio foi construído em parceria com a Petrobras; e temos Axixá que é uma obra que esperamos concluir ainda este ano.
Qual a importância dos cursos de tecnólogos que serão oferecidos através do Iema para este momento de desenvolvimento do Maranhão?
É muito importante porque significa a democratização do acesso ao ensino superior, temos a menor quantidade de pessoas graduadas por habitantes do Brasil, isso é uma barreira para o desenvolvimento científico e tecnológico do Maranhão. O Iema não é uma universidade, a universidade do Estado é a Uema, mas o Iema terá capacidade para formar técnicos de nível superior como o IFMA também faz. Então é uma contribuição para elevarmos o nível de formação e qualificação da população maranhense.
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