TRABALHO

Ministro diz que empregos serão retomados a partir de junho

Em audiência na Câmara, os deputados manifestam preocupação com o aumento do desemprego. De acordo com pesquisa divulgada no início de maio pelo IBGE, a taxa de desemprego subiu nos três primeiros meses deste ano e chegou a 7,9%.

Ministro Manoel Dias (E): ajuste fiscal vai recuperar a capacidade de investimento

O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, afirmou nesta quarta-feira (20) que o governo está tomando as medidas necessárias para garantir a retomada da geração de empregos no País.

“No setor da construção civil, nós do ministério vamos colocar R$ 80 bilhões, que vão gerar mais de três milhões de emprego, com repercussão a partir de junho”, disse Dias, durante audiência da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público .
Segundo, ele, os programas sociais irrigam a economia e vão manter uma situação de pleno emprego. “A indústria tem dificuldades, é o setor que mais tem desempregado, mas temos que entender que estamos tomando medidas necessárias. O ajuste fiscal vai recuperar a capacidade de investimento. Basta ver o acordo com a China da ordem de mais de R$ 150 bilhões”, afirmou.
Desemprego
De acordo com pesquisa divulgada no início de maio pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego subiu nos três primeiros meses deste ano e chegou a 7,9%. O percentual equivale a 7,934 milhões de pessoas. No quarto trimestre de 2014, a desocupação ficou em 6,5%, e nos três primeiros meses do ano passado, em 7,2%.
Manoel Dias relativizou os dados e afirmou que o setor de varejo vai crescer, só neste ano, entre 5% e 6% em relação a 2014. “O Brasil tem um dos melhores mercados do mundo. Vários setores estão se preparando para a retomada da geração de emprego. No setor automobilístico, por exemplo, há empresas que nos prometeram que não vão desempregar ninguém neste ano”, disse.
Preocupação
A deputada Gorete Pereira (PR-CE) afirmou que o otimismo do ministro é positivo, mas disse que há vários setores com altos índices de desemprego. “A gente vê uma grande loja de varejo demitindo oito mil pessoas agora. As indústrias de couro e de sapato demitiram o máximo que puderam. As empresas que exportam granito e pedras demitiram 50% e estão numa situação bem crítica”, disse.
O deputado Benjamim Maranhão (SD-PB), que presidiu a audiência pública, também manifestou preocupação com o aumento do desemprego. “Recebemos na comissão membros do setor da construção civil, que nos informaram que demitiram mais de 400 mil trabalhadores. As construtoras estão gastando menos, e não só por causa da Lava Jato [operação da Polícia Federal que investiga a corrupção na Petrobras], mas porque há restrições de crédito e pouco investimento do governo. Não é apenas sazonal”, rebateu o parlamentar.
Formalidade
O ministro também ressaltou que, nos últimos 12 anos, houve um crescimento significativo do número de empregos formais. “Há 12 anos, 60% do trabalho brasileiro era informal. Hoje, 60% dos trabalhadores estão formalizados, com carteira assinada”, afirmou. De acordo com Manoel Dias, a meta neste ano é incluir mais 400 mil trabalhadores na formalidade gerando uma arrecadação de mais R$ 5 bilhões para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e a Previdência Social.
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