DESAPARECIDA

Jovem de 17 anos está desaparecida desde o sábado em São Luís

A semana especial de coleta de DNA de familiares de pessoas desaparecidas começou na segunda-feira (14) e vai até o dia 18 de junho.

Foto: Reprodução

Durante a manhã de sábado (12), a jovem Erika Fernanda, de 17 anos, desapareceu. A adolescente que também é bailarina da Companhia Pulsar de Ballet, foi vista pela ultima vez no Monte Castelo em São Luís, próximo de sua residência.

De acordo com pessoas próximas, a menina teria deixado uma carta para a mãe e a avó, e logo depois deletou suas redes sociais, aproveitando o momento que não tinha mais ninguém em casa para pegar algumas roupas e sair.

A família de Erika fez b.o do desaparecimento e pedem que caso alguém tiver alguma informação entre em contato.

Familiares de pessoas desaparecidas já podem doar material genético

Começou nesta segunda-feira (14) a Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas em todos os Estados e no Distrito Federal. A campanha do Ministério da Justiça e Segurança Pública vai até sexta-feira (18) e ocorre de forma integrada com as secretarias estaduais de Segurança Pública e a Polícia Federal. O objetivo é possibilitar a identificação de pessoas desaparecidas por meio de exames e bancos de perfis genéticos.

Os familiares de pessoas desaparecidas devem procurar o local indicado por cada uma das 27 unidades da Federação para fornecer seus dados e material genético. A coleta voluntária deve ser feita, preferencialmente, por parentes de primeiro grau da pessoa desaparecida, seguindo a ordem de preferência: pai e mãe; filhos; irmãos.

O DNA do próprio desaparecido também poderá ser extraído de itens de uso pessoal, tais como: escova de dentes, escova de cabelo, aparelho de barbear, aliança, óculos, aparelho ortodôntico, dente de leite, amostra de cordão umbilical. Esses materiais também poderão ser entregues nos pontos de coleta da campanha. É necessário, no ato da coleta, assinar um termo de consentimento.

Todo o material recolhido será utilizado com a finalidade exclusiva de identificação de pessoas desaparecidas por intermédio da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG). A Rede é coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.

O exame

O exame de DNA é uma ferramenta conhecida para a identificação de pessoas. Ainda que seja mais lembrada por sua utilização em testes de paternidade ou na solução de crimes, este recurso vem sendo usado com sucesso na localização de pessoas desaparecidas (ou não identificadas), tanto no Brasil como no exterior.

É um instrumento moderno e efetivo, capaz de dar uma resposta para as famílias que vivem o drama de ter um ente desaparecido. O material colhido para este fim não pode ser utilizado para nenhuma outra ação. Sua função exclusiva é a identificação e localização de pessoas desaparecidas ou não identificadas.

Ministério da Justiça disponibilizou na internet mais informações sobre onde doar o material, tirar dúvidas e dar detalhes sobre o procedimento.

No Maranhão

No Maranhão a campanha está sendo realizada pela Perícia Oficial do Estado do Maranhão em parceria com a Polícia Civil. A semana especial de coleta de DNA de familiares de pessoas desaparecidas começou na segunda-feira (14) e vai até o dia 18 de junho, o posto de coleta para acolher as famílias fica localizado na Praça Deodoro em São Luís. Vai ser utilizada a Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG).

Segundo informações da Secretaria de Segurança, a coleta é realizada por meio de um cadastro de Perfil Genético no banco de dados, que será cruzado com um por meio de material genético do próprio familiar ou por meio de algum item de uso pessoal do desaparecido.

Após a coleta, o material será cadastrado e cruzado por meio de um banco de dados nacional, no qual os peritos irão analisar o resultado para encontrar possíveis parentescos, com alguma pessoa viva ou falecida. Em caso positivo, informarão a Delegacia de Polícia Civil ou o Instituto Médico Legal, que serão responsáveis por entrar em contato com família.

O serviço irá continuar sendo realizado pela Perícia Oficial mesmo após o fim da campanha.

Na capital, os pontos de coleta serão o Instituto de Genética Forense (IGF), o Instituto Médico Legal de São Luís (IML) e o Instituto de Perícia para a Criança e Adolescente (IPCA). No interior do estado, a coleta acontecerá nas cidades de Imperatriz e Timon, no Instituto de Criminalística de Imperatriz (LAF/ Imperatriz) e no Instituto de Criminalística de Timon (LAF/Timon).

Desaparecidos no Maranhão

Segundo o Sistema Integrado de Gestão do Maranhão, somente este ano, já foram registrados 73 desaparecimentos de pessoas no estado, porém o número pode ser mais alto já que muitos familiares não registram Boletim de Ocorrência ou dão seguimento ao processo. Do total de desaparecidos, somente 14 foram localizados.

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