SEGURANÇA

Tiago Bardal é expulso da Polícia Civil do Maranhão

O ex-superintendente da Secretaria de Investigações Criminais (Seic) é acusado de envolvimento em crimes proteção de quadrilhas a extorsão de comerciantes, incluindo o envolvimento com organização criminosa que praticava o roubo de cargas e contrabando no Maranhão.

Reprodução

O Conselho de Polícia Civil do Maranhão julgou e expulsou o delegado Tiago Bardal dos quadros da Secretaria de Segurança Pública. O julgamento ocorreu nesta quinta-feira (25).e a expulsão deve ser publicada no Diário Oficial do Estado. O ex-superintendente da Secretaria de Investigações Criminais (Seic) é acusado de envolvimento em crimes proteção de quadrilhas a extorsão de comerciantes, incluindo o envolvimento com organização criminosa que praticava o roubo de cargas e contrabando no Maranhão.

O delegado Tiago Bardal que se encontra preso, acusado de pertencer  a uma organização criminosa, foi expulso da Polícia Civil do Maranhão mesmo sem ser condenado pela justiça. De acordo com as primeiras informações,  O delegado vai esperar a publicação da sua expulsão do quadro de delgados da Polícia Civil, no Diário Oficial para entrar com recurso. O ex-delegado, Bardal, que encontra-se preso em uma cela especial na Delegacia da Cidade Operária, deve ser transferido para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas, onde ocupará outra cela especial por ser advogado.

Relembre o caso

Em fevereiro do ano passado, a Secretaria de Segurança Pública (SSP), realizou uma megaoperação de combate à corrupção e ao crime organizadoe  desarticulou uma quadrilha que contrabandeava armas, munições, drogas e itens como bebidas e cigarros no Maranhão.

A ação foi realizada, no bairro Quebra Pote, zona rural de São Luís. A intenção do grupo era desviar de R$ 1,5 milhão a R$ 2 milhões em uísque e cigarros. “O recurso seria utilizado para financiar outras atividades criminosas, como a compra de armas, de drogas e a corrupção de policiais”, explicou na época o secretário da SSP, Jefferson Portela. “A ordem permanente é de combate à corrupção e de identificação de autores de crimes no Maranhão. A ordem do Governo, na pessoa do governador Flávio Dino, é apurar até identificar todos os envolvidos”, completou.

Na operação foram identificados e presos os policiais Luciano Fábio Farias Rangel, major da Polícia Militar do Maranhão (PMMA); Fernando Paiva Moraes Junior, soldado da PMMA, e Joaquim Pereira de Carvalho Filho, 2º sargento da PM. Também foram presos Rogério Sousa Garcia, José Carlos Gonçalves, Éder Carvalho Pereira, Edimilson Silva Macedo e Rodrigo Santana Mendes. O delegado superintendente de Investigações Criminais da Polícia Civil (Seic), Thiago Bardal, também foi indicado como envolvido com o grupo e foi exonerado do cargo.

A quadrilha realizava descargas em um pequeno porto localizado num sitio no Quebra Pote e tinha ramificações em outros municípios como Miranda, Viana e São Mateus. Essa foi, desde 2015, a segunda grande ação da operação de combate ao crime organizado e corrupção, a qual tem caráter permanente no estado.

Justiça Federal revogou a prisão de oito acusados

Em abril do mesmo ano, a Justiça Federal revogou a prisão de oito acusados de envolvimento na quadrilha de contrabando de armas, bebidas e cigarros no Maranhão. A decisão concedeu liberdade condicional aos que ainda não tinham sido beneficiados com a prisão. Foram citados judicialmente: O ex-vice prefeito de São Mateus, Rogério Sousa Garcia. Delegado Tiago Mattos Bardal. Coronel Reinaldo Elias Francalanci. Soldado Fernando Paiva Moraes Junior. Major Luciano Fabio Farias Rangel. Sargento Joaquim Pereira de Carvalho Filho. Além de Galdino do Livramento Santos e Evandro da Costa Araújo. Dentre todos os citados, apenas o ex-superintendente de investigações, Tiago Bardal, não poderia ser solto. Ele ainda cumpre outra prisão preventiva no âmbito estadual relacionado a um caso de contrabando em Viana. A defesa do delegado tentou habeas corpus nesse caso, mas teve o pedido negado.

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