OPINIÃO

Bombardeio cibernético

Muito mais do que uma simples notícia sobre fatos esturricantes desta reta final da campanha presidencial do segundo turno

O homem foi preso, suspeito clonar o aplicativo de mensagens WhatsApp do governador do Estado do Ceará, Camilo Santana. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

As reve­la­ções de que em­pre­sas ban­cam a on­da qua­se en­san­de­ci­da de men­sa­gens dis­tri­buí­das via o What­sApp,  con­tra o PT, de­ram um saco­le­jo na dis­pu­ta, a no­ve di­as do plei­to de­ci­si­vo. O PT de Fernando Had­dad e o PDT, ain­da li­de­ra­do pe­lo de­pu­ta­do fe­de­ral We­ver­ton Ro­cha, co­gi­tam ten­tar re­ti­rar Jair Bol­so­na­ro (PSL) da cor­ri­da pre­si­den­ci­al.

Re­por­ta­gem de ca­pa da Fo­lha de S. Pau­lo pu­bli­ca­da on­tem afir­ma que em­pre­sas ban­cam, com con­tra­tos de R$ 12 mi­lhões, ser­vi­ços de dis­pa­ros de men­sa­gens no What­sApp con­tra o PT do can­di­da­to de Fer­nan­do Had­dad, e a fa­vor de Bol­so­na­ro, o que con­tra­ria a legislação elei­to­ral. “Em qual­quer lu­gar do mun­do is­so se­ria um escân­da­lo de pro­por­ções avas­sa­la­do­ras, po­de­ria en­cer­rar até com a im­pug­na­ção da can­di­da­tu­ra”, re­a­giu Had­dad. O PDT de Ci­ro Gomes, que fi­cou em ter­cei­ro lu­gar no pri­mei­ro tur­no das elei­ções pre­si­den­ci­ais, pe­la pa­la­vra do Car­los Lu­pi, já pre­pa­ra uma pe­ça jurídi­ca com a qual pe­di­rá o can­ce­la­men­to ou a nu­li­da­de das eleições pre­si­den­ci­ais de 2018. Os ar­gu­men­tos do pe­di­do ain­da estão sen­do pre­pa­ra­dos pe­los ad­vo­ga­dos da le­gen­da, que de­vem ende­re­çar a so­li­ci­ta­ção ao Tri­bu­nal Su­pe­ri­or Elei­to­ral (TSE). A mesma Fo­lha re­ve­lou que o de­pu­ta­do fe­de­ral, Jair Bol­so­na­ro apresen­tou uma Pro­pos­ta de Emen­da à Cons­ti­tui­ção pa­ra ten­tar bar­rar a ação de juí­zes que sus­pen­de­ram o What­sApp.

Ru­mo à re­e­lei­ção

O pre­si­den­te da As­sem­bleia Le­gis­la­ti­va do Ma­ra­nhão, Othe­li­no Neto, se­gue for­ta­le­cen­do sua can­di­da­tu­ra à re­e­lei­ção em fe­ve­rei­ro. Con­se­guiu, de uma vez, o apoio da mai­or ban­ca­da da Ale­ma, a do PDT, par­ti­do pre­si­di­do no Es­ta­do pe­lo se­na­dor elei­to We­ver­ton Rocha.

Apoio com­ple­to

We­ver­to­na vi­rou ga­nhou for­ça po­lí­ti­ca, com qua­se dois mi­lhões de vo­tos, nú­me­ro ja­mais al­can­ça­do por qual­quer po­lí­ti­co no Ma­ra­nhão. De que­bra, o PDT ele­geu ain­da a mai­or ban­ca­da de de­pu­ta­dos estadu­ais na Ale­ma, com se­te par­la­men­ta­res. Sem fa­lar que ele foi atacado du­ra­men­te pe­las mí­di­as do gru­po Sarney.

Ban­ca­da de pe­so

A ban­ca­da do PDT que apoia Othe­li­no é for­ma­da por Fá­bio Ma­ce­do, Clei­de Cou­ti­nho, Glau­bert Cu­trim, Ri­car­do Ri­os, Ra­fa­el Lei­toa (reelei­tos), Yglésio Moyses, Már­cio Ho­nai­ser – no­va­tos. A pos­tu­ra do PDT mos­tra o grau de po­der que We­ver­ton Ro­cha ad­qui­riu nas ur­nas do dia 7.


“Não te­nho con­tro­le se tem gen­te fazen­do is­so”

Do pre­si­den­ciá­vel do PSL, Jair Bol­so­na­ro, so­bre a com­pra por empre­sas, de pa­co­te com a ava­lan­che de men­sa­gens con­tra o PT, via What­sApp, re­ve­la­da on­tem em re­por­ta­gem da Fo­lha de S. Pau­lo.


1

O de­pu­ta­do fe­de­ral Jo­sé Rei­nal­do cul­pa o se­na­dor Ro­ber­to Ro­cha pe­lo fi­as­co de sua vo­ta­ção pa­ra se­na­dor pe­lo PSDB. Ago­ra não adian­ta, cho­ra­min­gar. Ele sa­bia que seu pro­je­to de se­na­dor não dava cer­to em ne­nhum par­ti­do fo­ra da ali­an­ça com Flá­vio Di­no. Se não sa­bia é por­que não quis.

2

Ao ma­ni­fes­tar-se pu­bli­ca­men­te, na Rá­dio Di­fu­so­ra FM, di­zen­do “espe­rar que o pre­si­den­te da Ale­ma, Othe­li­no te­nha êxi­to na reeleição”, Flá­vio Di­no pas­sou a men­sa­gem de apoio ao par­la­men­tar do PC­doB. Co­mo ele já atraiu o apoio de Clei­de Cou­ti­nho, a permanên­cia no car­go fi­cou mais fá­cil.

3

A jus­ti­ça do Ma­ra­nhão con­de­nou o Es­ta­do a pro­ce­der, em 90 di­as, as adap­ta­ções pa­ra me­lho­rar o aten­di­men­to na Ma­ter­ni­da­de Marly Sarney. E de­pois, apre­sen­tar à Jus­ti­ça o al­va­rá de au­to­ri­za­ção sanitá­ria, com o aten­di­men­to dos re­qui­si­tos téc­ni­cos re­fe­ren­tes às ins­ta­la­ções, má­qui­nas, equi­pa­men­tos, nor­mas e ro­ti­nas da Maternida­de.

Ô de ca­sa!

On­tem, Ri­car­do Mu­rad e mais 28 pes­so­as fo­ram ob­je­to de mandados de pri­são tem­po­rá­ria, bus­ca e apre­en­são e pri­são preventi­va, em du­as ope­ra­ções da Po­lí­cia Fe­de­ral. Ri­car­do não foi en­con­tra­do em ca­sa, mas de­pois te­ria se apre­sen­ta­do à PF, se­gun­do a TV Mi­ran­te.

As­fi­xi­a­dos

O mo­ti­vo é des­vio de re­cur­sos da saú­de, en­tre 2011 e 2013. Na ou­tra ope­ra­ção, num des­do­bra­men­to da “As­fi­xia”, de 2016, pe­gou persona­gens do Pa­rá e Bra­sí­lia. O pre­si­den­te na­ci­o­nal do Prós, Fran­cis­co Jú­ni­or, de Bra­sí­lia, en­con­tra-se fo­ra­gi­do.

Bom de vo­to

O se­gun­do tur­no ain­da nem foi re­a­li­za­do e o PSL de Bol­so­na­ro já pro­cu­ra se for­ta­le­cer no Ma­ra­nhão, on­de o pe­tis­ta Had­dad o ba­teu nas ur­nas. O ve­re­a­dor Chi­co ­Car­va­lho, pre­si­den­te da le­gen­da, já “cer­ca”  Edu­ar­do Brai­de (PMN), com a fi­cha de fi­li­a­ção.

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