Eleições PT Maranhense

“Eu venci”, garante Zé Inácio

Processo eleitoral direto (PED) do PT maranhense está suspenso desde a última terça-feira. Contando com cinco candidaturas, o militante Augusto Lobato também se diz vitorioso

Reprodução

As eleições do PT estadual, suspensas desde a última terça-feira, revelam um cenário em que dois postulantes se declaram vencedores. Tanto o militante Augusto Lobato, quanto o deputado estadual Zé Inácio, garantem que suas chapas venceram a disputa e consolidarão a vitória na convenção estadual do partido, que ocorre nos dias 5, 6 e 7 de maio.

Tentando entender a polêmica, O Imparcial buscou os candidatos para prestar esclarecimentos sobre suas declarações de vitória. Em entrevista exclusiva, Zé Inácio apresenta confiança no processo e em sua vitória e afirma que buscará a união do partido em 2018, “garantindo um palanque forte no Maranhão para a nova candidatura de Lula à presidência da República”.

Ele garante ainda que o pedido de homologação do resultado, feito à comissão eleitoral nacional do partido, não pode se confundir com uma intervenção externa, como ocorrida no estado no passado. “Uma intervenção nacional ao processo está totalmente descartada. O que aguardamos é que a comissão eleitoral homologue o resultado final da eleição maranhense com base nos critérios que foram usados na eleição”. O grupo de Lobato, por sua vez, defende a vitória afirmando que, de acordo com os números oficiais, ele venceu por um placar de 3.659 votos a 3.002 para Zé Inácio. Eles defendem ainda que 186 municípios, e não 193, participaram do PED/ PT, sendo que até o momento estão totalizados 152. Procurado pela reportagem, Augusto Lobato não atendeu ou retornou as ligações.

Entrevista// Zé Inácio

O Imparcial – Há um impasse sobre o processo eleitoral no estado. Como o senhor enxerga esta situação?

Zé Inácio – No entendimento de nossa chapa, há três situações que comprovam a vitória de nossa chapa. Em primeiro lugar, o último boletim oficial divulgado na terça-feira indica uma vitória de nossa chapa por cerca de 300 votos de diferença, faltando ainda 50 urnas para a totalização. O segundo ponto é que em apuração paralela, feita seguindo os critérios do PED, obtivemos vitória. Por fim, o relatório oficial emitido pela comissão eleitoral estadual mostra que houve apuração de todas as urnas e não houve a totalização dos votos dos 193 municípios onde houve eleição, por isso não foi homologado o resultado final. Nesse relatório também apontamos a frente em número de votos.

O processo foi suspenso a pedido de sua chapa. O que ocorreu?

Houve mudança nos critérios da apuração durante o processo, o que, claro, não pode acontecer. Com isso, abriu-se margem à anulação de diversas urnas. Essas urnas que faltam, pelos nossos cálculos, tiveram vitória nossa. É uma tentativa de modificação do resultado pela anulação de urnas.

Então por isso o pedido de suspensão?

Sim, Nós pedimos a suspensão do processo justamente para não haver esse prejuízo e para que sejam dirimidas as dúvidas. Na quarta-feira, após a suspensão, solicitamos que o relatório oficial fosse encaminhado à comissão eleitoral para homologação do resultado. Segundo a coordenação da Comissão Eleitoral estadual, o documento já foi enviado desde a quinta-feira, apara análise e homologação do resultado e conclusão do processo eleitoral.

Isso indicaria uma intervenção nacional?

De forma alguma, uma intervenção nacional ao processo está totalmente descartada. O que aguardamos é que a comissão eleitoral homologue o resultado final da eleição maranhense com base nos critérios que foram usados na eleição.

Com tantas diferenças internas, é possível uma união do partido em 2018?

Com certeza. Eu me coloco fortemente pela superação das desavenças internas, de modo a fortalecermos o partido no estado, no sentido de garantir um palanque forte à nova candidatura do companheiro Lula à presidência do país nesse pleito.

E como o senhor enxerga a atuação do PT nas eleições 2018?

Nossa tese é defender um fortalecimento do partido em termos estaduais, garantindo o apoio à reeleição do governador Flávio Dino e um palanque forte no Maranhão para a candidatura do presidente Lula. Acredito que algo fundamental é compreender que nossa chapa defende um retorno ao protagonismo petista, o que creio ter sido o ponto fundamental para nossa vitória. Defendemos que o apoio ao Flávio passe pelo empoderamento do partido, indicando o nome para vice-governador ou para a disputa ao Senado.

E esse nome já estaria definido? O senhor imagina que há ambiente para nova candidatura de Lula?

Temos o projeto, mas não nomes. Agora é um momento de mobilização. Em um momento mais próximo às eleições, isso será definido. Eu não apenas imagino, mas tenho certeza que o Lula será não apenas candidato, mas eleito presidente do Brasil. O pior já passou e o ambiente de confronto tende a diminuir.

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