Equipe mais vitoriosa da história do voleibol brasileiro, o Cruzeiro fez, na manhã deste domingo, o que mais sabe: ganhar títulos. Embalado por 14 mil torcedores, que fizeram uma festa incrível nas arquibancadas do Mineirinho, o time celeste venceu o Taubaté, por 3 a 1 (25/22, 25/22, 18/25 e 25/19), conquistando o pentacampeonato – quarto consecutivo – da Superliga Masculina de Vôlei em sete decisões seguidas.

É a primeira vez que uma equipe conquista quatro títulos nacionais consecutivos, superando os tris seguidos de Banespa, Minas (duas vezes) e Florianópolis. Os números são impressionantes. Foi o 26º título em 30 finais de 33 campeonatos disputados desde 2010. Na Superliga, a equipe do técnico Marcelo Mendez ficou com o título também em 2012, 2014, 2015, 2016. Além do técnico Marcelo Mendez, os jogadores Filipe, William e Serginho também estiveram em todos os cinco títulos nacionais da equipe.

Além do espetáculo em quadra, o que se viu nas arquibancadas do Mineirinho neste domingo foi um espetáculo memorável da torcida do Cruzeiro. Foram 10.163 pagantes e 13.957 presentes.

Com ingressos esgotados desde o início da semana, o público chegou cedo e, desde as 9h, o barulho era intenso. A torcida do Taubaté também compareceu em bom número, impulsionada por familiares dos jogadores mineiros, como Otávio (Esmeraldas), Lucarelli (Contagem) e Rapha (São João del Rei), além de jogadores com histórico com a camisa do Cruzeiro, como Wallace e Eder.

Com o troféu, o Cruzeiro deixou para trás o lendário time da Pirelli (tetracampeã no anos 1980) e iguala o Banespa, dono de cinco títulos. O maior campeão é o Minas, com sete títulos. Foi o primeiro título do Cruzeiro em 2017 e o quarto da temporada. Desde o segundo semestre do ano passado, a equipe foi heptacampeã mineira, bicampeão da Supercopa e tricampeão mundial.

O JOGO

O Taubaté começou mais atento, mas o Cruzeiro manteve o equilíbrio para virar. O bloqueio dos dois times, com Lucarelli (Taubaté) e Evandro (Cruzeiro), fez efeito cedo, atrapalhando a vida dos atacantes rivais. Os mineiros abriram três pontos (13/10), mas logo os paulistas viraram (14/13). A partida continuou equilibrada até a reta final, quando Leal fez a diferença no saque. O Cruzeiro fechou em 25/22, em 31 minutos, em saque errado de Lucarelli.

No segundo set, o Taubaté voltou melhor o Taubaté abriu 7/3, obrigando Marcelo Mendez a pedir tempo. A parada fez efeito e, em ace de Evandro, o Cruzeiro empatou 8/8. Foi quando Wallace fez a diferença e conseguiu recolocar o Taubaté à frente (20/18). No fim, novamente a força do conjunto com Cruzeiro fez a diferença. Com a torcida jogando junto, o time abrir 2 a 0 em bloqueio individual de William (25/22).

O Taubaté não se entregou. No início da terceira parcial, em momento atípico, a equipe abriu seis pontos (10/4). Na metade da parcial, os mineiros reagiram, mas Wallace e Éder não deixaram barato para os ex-companheiros e lideraram a vitória do Taubaté, que venceu em ace de Éder (25/18).

Como era de se esperar, o quarto set foi de muito equilíbrio. A entrada de Japa melhorou a defesa e linha de passe do Taubaté. Leal teve momento de baixa, enquanto Lucarelli cresceu. O Cruzeiro se recuperou, com William e Evandro, e abriu 14/10 e manteve-se à frente para a conquista do quinto título da Superliga.