Premiação será hoje

Veja os favoritos do cinema para o Globo de Ouro 2017

A cerimônia ocorre neste domingo e é transmitida pelo canal TNT a partir das 22h

Reprodução

Quem quer a festa do cinema, e tão somente a sétima arte, que espere pelo Oscar, a ser transmitido pela tevê em 26 de fevereiro. Por enquanto, em pauta está o Globo de Ouro, capaz de aliar interesses tanto de cinéfilos quanto de fãs da telinha. As estatuetas serão entregues hoje, a partir das 22h (no ar, pelo canal TNT), para 236 países. O apresentador oficial será Jimmy Fallon, numa cerimônia nunca muito formal e que aposta na fusão de nomes de cinema e de tevê, com o contraste de nomes promissores e de estrelas consagradas. No palco, desfilarão, entre outros, Sylvester Stallone, Goldie Hawn, Diego Luna, Amy Schumer, Jeffrey Dean Morgan (The walking dead) e Brie Larson (do sucesso O quarto de Jack).

Reconhecimento dado por uma liga de críticos internacionais, o Globo de Ouro pode surpreender, vez por outra. Daí, ser possível a consagração de um filme como Moonlight: sob a luz do luar que, feito a partir de US$ 5 milhões, venceu várias categorias em prêmios de círculos de críticos americanos e despontou no Festival de Toronto. Diretor nascido e criado em Miami, Barry Jenkins pode ter a carreira impulsionada com o longa que trata do crescimento de um menino, tangenciado pela realidade das drogas. Mas muito, porém, conspira a favor do drama denso Manchester à beira-mar, em que o cineasta Kenneth Lonergan (Conte comigo) trata da vida de Lee (Casey Affleck, favorito à condição de melhor ator), personagem marcado pela morte do irmão.

O que enfraqueceu as candidaturas dos longas, também com dramas familiares em foco, A qualquer custo e Lion foram as omissões (na categoria melhor diretor), respectivamente, de David Mackenzie e de Garth Davis. A qualquer custo, inspirado em caso real, coloca em cena Chris Pine e Ben Foster, vivendo irmãos desesperados para salvar uma propriedade no Texas. Já Lion trata do curso de vida de Saroo (Dev Patel, candidato a ator coadjuvante) que, indiano, é criado em ambiente australiano (em que está a personagem de Nicole Kidman), mas pretende reaver as origens.

Na categoria de direção, há dois retornos de peso, nos holofotes. Mel Gibson, à frente de Até o último homem, promete fazer algum barulho, 20 anos depois de consagrado (no Oscar) com Coração valente. Noutro campo de batalha, ele reconta, nas telas, a vida do médico Desmond Doss (Adrew Grafield, candidato a ator), tornado um herói da Segunda Guerra.

Outro nome celebrado, no Globo de Ouro, é o do eterno estilista Tom Ford, que debuta no certame, sete anos depois de renomado com o longa Direito de amar, estrelado por Colin Firth. No atual filme, recheado de elementos de metalinguagem, Animais noturnos (candidato em três categorias), há relevância para Amy Adams (bem cotada para levar o prêmio de melhor atriz por A chegada, com Natalie Portman, de Jackie).

Surpresas

Com expressões mais limitadas, em termos de repercussão, é possível que as categorias comédia e musical tendam a ganhar relevância, no prêmio que é tido como uma prévia das apostas para o Oscar. Esperadíssimo, La la land: Cantando estações (com estreia brasileira em 19 de janeiro) é o musical, desde já, marcado para consolidar a brilhante acolhida ao jovem diretor Damien Chazelle que, aos 31 anos, carrega o êxito de Whiplash. Ambientado na Los Angeles promissora para artistas, o filme tem panca de que vai celebrar duas unanimidades de público e de crítica, os atores: Ryan Gosling, pianista, na trama, e Emma Stone, uma aspirante a atriz.

Bebendo também dos bastidores do entretenimento, Florence: Quem é essa mulher? é candidato a melhor comédia, tendo o estandarte da eterna melhor atriz Meryl Streep (que vai despontar na festa do Globo de Ouro, com prêmio para o conjunto da obra). Treinamento vocal e o entusiasmo de uma horrenda aspirante a cantora (Streep) fazem a graça da fita.

Distante do imenso apelo de Deadpool (outro candidato a comédia), dois títulos completam a lista de 2017: 20th Century women, sobre estilos de vida independentes, na sociedade da Califórnia dos anos 70, e Sing Street, em torno de um menino irlandês apaixonado, nos anos de 1980. O primeiro leva a assinatura de Mike Mills (dos alternativos Impulsividade Toda forma de amor) e o outro tem direção de John Carney (há nove anos, um nome de peso com Once – Apenas uma vez).

Estrangeiros

À parte da polêmica em torno da representação do Brasil no terreno internacional (fosse candidato por Aquarius ou Pequeno segredo); nos últimos seis anos, somente um filme (Leviatã) não coincidiu, na dobradinha Globo de Ouro/ Oscar, mostrando a definição de uma tendência no Globo de Ouro. Assim sendo, entre um dos longas abaixo (a ser premiado) é possível que esteja o vencedor do Oscar, na categoria de filme estrangeiro:

Neruda

A América do Sul está representada num filme chileno, no Globo de Ouro. Responsável ainda pela cinebiografia de Jacqueline Kennedy (com a qual Natalie Portman compete como atriz), o diretor Pablo Larraín conduziu Neruda, o título em evidência, na categoria, em que Luis Gnecco dá vida ao famoso poeta, enquanto o personagem de Gael García Bernal trata de caçá-lo, diante de implicações políticas.

Elle

Da França, veio uma aposta dupla: competem, portanto, Divines e Elle. Ambos tratam de questões de gênero e do impacto de mulheres decididas na sociedade. Divines, dirigido por Houda Benyamina, uma diretora estreante, com origem marroquina, foi aplaudido por 10 minutos, em exibição do Festival de Cannes. Trata da amizade sólida entre a ambiciosa Maimouna e Dounia. Uma mulher (Isabelle Huppert) em primeiro plano comada Elle, de Paul Verhoeven, que respondeu pela cruzada de pernas de Sharon Stone, em Instinto selvagem. Em Elle, é o instinto assassino feminino que dá as caras numa trama sobre estupro.

O apartamento

Com uma carreira extremamente reconhecida no circuito de cinema global, o iraniano Asgha Farhadi compete ao Globo de Ouro, pelo ainda inédito (em Brasília) O apartamento. Tratando dos bastidores de uma montagem teatral e de um casal em crise que atua nela, Farhadi levou, em Cannes, prêmio de melhor roteiro, e viu valorizado, no seu elenco, Shahab Hosseini (melhor ator).

Toni Erdmann

Destaque absoluto no European Film Awards, no qual faturou prêmios de filme, diretora, roteiro, ator e atriz, o longa alemão Toni Erdmann tem direção da jovem Maren Ade. No filme, ela conta dos constrangimentos e aprendizados de uma executiva que, em Bucareste (Romênia), recebe a indesejada visita do pai algo hippie.

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