São Luís

Assembleia entra em “ebulição” após delação da JBS

Os parlamentares maranhenses usaram a tribuna para cobrar a saída para a atual situação do país

A divulgação da deleção dos donos da JBS, os irmãos Joesley e Wesley Batista, envolvendo o presidente da República, Michel Temer, e o senador e presidente nacional do PSDB Aécio Neves, caiu como uma bomba em Brasília, mas, os seus efeitos foram sentidos na Assembleia Legislativa do Maranhão na sessão desta quinta-feira (18).

Os estilhaços da bomba movimentaram os trabalhos da Casa durante a manhã. Os parlamentares maranhenses usaram a tribuna para cobrar a saída para a atual situação do país. A “grande tensão” no Brasil fez com que fosse cobrada a renúncia do presidente Temer.

A Assembleia Legislativa virou um “caldeirão”. Deputados estaduais da base defenderam a saída imediata de Michel Temer. Bira do Pindaré (PSB) chegou a classificar a delação dos irmãos Batista como “batom na cueca”.

“Ele foi pego em flagrante, aquilo é batom na cueca, não tem justificativa, não tem escapatória, não tem qualquer saída. O Congresso Nacional tem que aprovar a Emenda Constitucional que garante a eleição direta em caso de vacância até seis meses antes do encerramento desse mandato. Essa é a medida necessária. Esse é o caminho jurídico e é o caminho político que tem condições de restaurar a nossa democracia”, declarou Bira.

Na mesma linha, o deputado Othelino Neto (PCdoB) também se mostrou favorável à ideia de eleições diretas por meio de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC). “Não vejo outra alternativa, que não a convocação de eleições diretas, muito embora as eleições vão, provavelmente, retratar o momento de radicalização que vive o país. Mas, para liderar este momento de fragilidade, de efervescência, é fundamental que seja alguém referendado pelas urnas”, afirmou o parlamentar do PCdoB.

Líder do Bloco Independente, o deputado estadual Max Barros elogiou a atuação do Ministério Público Federal e do Supremo Tribunal Federal. Para ele, este novo fato mostra que a justiça está agindo sem nenhum tipo de perseguição política.

“E aquelas dúvidas de imparcialidade, que só perseguiu o PT, que só perseguiu o Lula, que só perseguia a Dilma, dirimiram. A irmã do Aécio Neves está presa. O Aécio Neves foi afastado de ser Senador. O Temer está para cair do governo, não tem amparo político. Cometeu irregularidades, tem que sair”, analisou Max.

Já para outros parlamentares, é preciso ter cautela para não julgar as condutas do presidente Michel Temer e do senador Aécio Neves. “Delação é uma coisa que tem que apurar. Ninguém sabe se é verdade ou falaciosa. Temos que entregar para a justiça e o que ela determinar tem que ser cumprido. Com grande cautela, temos que aguardar uma ordem judicial”, comentou o deputado Sousa Neto (PROS).

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