Mortes em 2003

Tribunal do Júri absolve acusados de crimes contra lavradores de Bacabal

Dois lavradores foram mortos no dia 08 de julho de 2003, às margens da estrada que dá acesso à cidade de Bom Lugar, interior do Maranhão, com tiros de revólver na cabeça

O 1º Tribunal do Júri de São Luís, reunido segunda-feira (24), decidiu absolver os réus Alberto Cantanhede dos Santos, Raimundo Pereira dos Santos e Antônio da Conceição da acusação de concorrerem para os assassinatos de Raimundo Aquino Filho e Antônio Gregório da Conceição. Os dois foram mortos no dia 08 de julho de 2003, às margens da estrada que dá acesso à cidade de Bom Lugar, interior do Maranhão, com tiros de revólver na cabeça. Eles integravam um grupo de lavradores que ocuparam a Fazenda Comboio, no município de Bacabal (MA).

O Conselho de Sentença do 1º Tribunal do Júri reconheceu os assassinatos, mas entendeu que os acusados não concorreram para a prática dos crimes. Em razão disso, o juiz titular da 1ª Vara do Júri e presidente do 1º Tribunal do Júri, Osmar Gomes dos Santos, declarou os réus absolvidos da imputação feita contra eles no processo e o consequente arquivamento dos autos, após o trânsito em julgado da decisão.

Outros dois réus do processo, Moaci Figueiredo e Reginaldo Mendes, serão julgados no dia 12 de julho deste ano e o denunciado como mandante do crime, o advogado Robério de Oliveira Brígido, vai a júri popular no dia 19 de julho. O julgamento dos seis acusados deveria ocorrer na Comarca de Bacabal, mas a Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão deferiu, em setembro de 2013, o pedido de desaforamento e o processo foi remetido para São Luís, passando a tramitar na 1ª Vara do Tribunal do Júri. Os acusados foram pronunciados em agosto de 2004, pela 3ª Vara de Bacabal.

No julgamento da última segunda-feira atuaram o promotor de Justiça Luís Carlos Duarte e a assistente de acusação Eveline Dina dos Santos. A defesa dos acusados ficou com os defensores públicos Audísio Nogueira Júnior e Adriano Jorge Campos e os advogados Ítalo Leite, Adriano Wagner Cunha, Dagoberto da Silva Filho e Roberto Charles Dias.

O juiz Osmar Gomes dos Santos explicou que o processo foi desmembrado para a realização de três sessões de julgamento devido à quantidade de réus e de testemunhas a serem ouvidos e à complexidade do caso. A medida tem ainda o objetivo de garantir aos acusados a ampla defesa. O juiz levou também em consideração a dificuldade no cumprimento das cartas precatórias encaminhadas à comarca de origem do processo, para oitiva das testemunhas.

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