Educação

Funac participa de roda de diálogo sobre medidas socioeducativas

A roda de diálogo foi uma oportunidade para esclarecer a sociedade sobre as medidas socioeducativas em meio fechado e o trabalho desenvolvido na Fundação.

????????????????????????????????????

Conversar sobre o caráter punitivo e educativo das medidas socioeducativas com estudantes e profissionais da área da Comunicação Social, Serviço Social e Direito foi o objetivo da roda de diálogo, promovida pela Agência de Notícias Matraca, com a participação da Fundação da Criança e do Adolescente (Funac), realizada na terça-feira (14), no auditório do Convento das Mercês.

A roda de diálogo teve a participação da pesquisadora Carla Serrão, que contextualizou o surgimento das medidas socioeducativas e legislações pertinentes. Os debates foram conduzidos pela presidente da Funac, Elisângela Cardoso, que também preside o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA), juntamente com a superintendente de Proteção Social Especial da Secretaria Municipal da Criança e Assistência Social (Semcas), Amparo Seibel, e a presidente do Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente de São Luís (CMDCA-SL), Janicelma de Sousa.

O diálogo também possibilitou sensibilizar o público sobre a importância das medidas socioeducativas. Rosana de Oliveira, estudante de Comunicação e participante da atividade, destacou que buscou a ação para entender mais sobre o assunto. “Às vezes, a mídia não informa como tem que ser e só incentiva o preconceito contra os adolescentes que cometeram ato infracional. Eu precisava entender, de fato, o que é essa medida socioeducativa e que bom que temos espaços como esse, com profissionais que dominam o conteúdo, para falar de verdade sobre o tema”, comentou.

Para a gestora da Funac, Elisângela Cardoso, a roda de diálogo foi uma oportunidade para esclarecer a sociedade sobre as medidas socioeducativas em meio fechado e o trabalho desenvolvido na Fundação. “Acima de tudo, as pessoas precisam entender que essa é uma política pública e que deve ser executada pelo Estado, de forma humanizada e com todos os seus direitos garantidos. Em segundo lugar, é preciso refletir que esses adolescentes não nasceram infratores, é preciso dar oportunidade para começar um novo projeto de vida”, frisou.

“Nós não podemos ver o adolescente puro e simples no ato infracional de forma isolada, ele é fruto de uma sociedade contraditória, de ausência histórica de políticas públicas e o nosso papel enquanto família, comunidade e governo é reverter esse cenário”, refletiu Amparo Seibel, da Semcas, junto aos participantes.

No sentido de apontar uma mudança de paradigma, a jovem Beatriz Abrantes, que integra o Projeto Jovem Guardião, compartilhou sua vivência nas unidades da Funac aos demais participantes da roda de diálogo. “Sempre somos muito bem recebidos pelos adolescentes nas unidades e, principalmente, por aqueles jovens que a família mora longe e não tem como visitar; somos um sinal de esperança, de alguém que se importa com eles e que vai apoiar nesse processo de mudança”, falou em seu depoimento.

Silen Ribeiro, da Agência Matraca promotora do evento, lembrou que a roda de diálogo cumpre o papel fundamental de levar conhecimento da realidade das medidas socioeducativas e dos direitos humanos à sociedade. “Muitos falam que essas áreas só defendem bandidos, só protegem quem comete erros. Ao contrário, direitos humanos são para todas as pessoas. E os adolescentes que cometeram ato infracional devem cumprir a medida socioeducativa. É necessário ampliar o conhecimento sobre isso, por isso as rodas de diálogo”, explicou.

A roda de diálogo é vinculada ao projeto ‘Comunicação, Mídia e Engajamento Social’, um dos projetos beneficiados por meio de edital com os recursos do Fundo Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Fedca).

VER COMENTÁRIOS
Polícia
Concursos e Emprego
Esportes
Entretenimento e Cultura
Saúde
Mais Notícias