Orla de São Luís

Em época de caravelas nas praias, saiba como prevenir queimaduras

Entre novembro e fevereiro, o número desses animais nas águas da orla de São Luís cresce muito e pode provocar alguns transtornos se os banhistas não tiverem cuidado

Reprodução

Durante todo o ano as caravelas estão presentes nas águas da orla maranhense, mas é no período entre o início de novembro e o fim de fevereiro que o número desses animais cresce consideravelmente nas praias da capital. Consequentemente, o número de registros de pessoas queimadas por esses animais sobe bastante. Por isso, O Imparcial conversou com o capitão Lisboa, do Corpo de Bombeiros, sobre como reagir quando alguém for tocado por um bichinho desses.

“Cerca de 70% dos casos registrados de pessoas tocadas por caravelas aqui nas praias são feitos entre novembro e fevereiro. Em 2013, o laboratório da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) chegou a registrar 90 ocorrências. De lá pra cá, houve um declínio considerável no número de registros, mas as pessoas precisam ficar bem atentas”, explicou.

De acordo com o capitão, o número de registros nesse período aumenta tanto por ser uma época de férias para muita gente, e por isso a exposição aos riscos aumenta, quanto porque o número de caravelas na orla de São Luís cresce naturalmente. “Existe um fluxo maior de pessoas se expondo e um fluxo maior de animais nas águas”, resume, ressaltando que é comum os banhistas fazerem confusão enter caravelas e águas-vivas.

“Muita gente confunde as caravelas com as águas-vivas. Aqui na nossa orla a gente quase não tem água-viva, o que temos, mesmo, é a presença de caravelas, que possuem algumas diferenças. A caravela possui uma bolsa de ar que a mantém flutuando e alguns tentáculos que têm umas substância urticante, que, em contato com a pele, provoca uma reação desagradável, de queimação”, explica, lembrando que o contato entre humanos e os tentáculos dos animal, geralmente, acontece despropositadamente. “O que ocorre é que o banhista toca no tentáculo. Quase nunca ele é atacado pelo animal”, completa.

Quando um banhista for tocado pelo tentáculo, o procedimento orientado pelo Ministério da Saúde é: use vinagre. “O primeiro procedimento é tirar a pessoa da água e, de acordo com recomendação do Ministério da Saúde, passar vinagre em cima do ferimento. Procurar um posto do Corpo de Bombeiros e, se for o caso, ser encaminhado para um hospital. A avaliação da gravidade da queimadura é feita pelo tamanho da área atingida pelo tentáculo. Quanto maior a queimadura, maior a gravidade”, esclarece.

Outro ponto enfatizado pelo capitão Lisboa é de nunca entrar em contato com as caravelas, mesmo elas estando encalhadas na areia da praia. “É comum, quando a maré recua, desses animais ficarem na areia da praia. Nesse caso, o alerta vai muito para os pais de crianças pequenas. Mesmo ela estando fora da água, encalhada na areia, os tentáculos ainda podem causa ferimentos quando em contato com nossa pele. Basta a pessoa encostar nesses tentáculos que o animal libera a substância”, alertou.

 

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