DIA DA ÁRVORE

A importância do verde na cidade

A data foi sancionada pelo então presidente Castelo Branco em 1965 e escolhida em razão do inicio da primavera, visando conscientizar a população sobre a preservação.

Foto: reprodução

Quando pensamos na natureza maranhense, lembramos da Mata dos Cocais, um dos ecossistemas brasileiros localizado no Nordeste que age como mata de transição. Apesar de ser a vegetação mais conhecida, o estado também abriga a Amazônia, a maior floresta tropical do mundo em biodiversidade que desempenha um papel fundamental para a existência do país. É através de sua grande variedade de árvores que ocorre a amenização da presença do carbono no ar e redução do efeito estufa, portanto, é algo a ser parabenizado.

Nesta terça-feira, dia 21 de setembro, é celebrado o Dia da Árvore, data sancionada pelo antigo presidente Castelo Branco em 1965 e escolhida em razão do inicio da primavera, visando conscientizar a população sobre a preservação desse bem tão valioso para a vida. O biólogo Dyego Sena, mestre em saúde e ambiente de 37 anos, conta que a presença de árvores em ambientes urbanos é de suma importância, pois ajuda na questão paisagística e garante um espaço com sombreamento para redução de temperatura.

O biólogo afirma que as árvores influenciam diretamente na população, proporcionando conforto térmico, amenização da poluição sonora e auxilio na saúde física e mental. Apesar de todos esses detalhes, Dyego acredita que São Luís não possui a quantidade de áreas verdes que deveria. “Nossa cidade, apesar de, nos últimos anos, adotar estratégias de preservação de espaços verdes, ainda carece de ambientes um pouco mais arborizados a exemplos de grandes avenidas, ruas, praças, etc”, afirma o biólogo.

O estudante Itallo Cristian, 22 anos, está se graduando em biologia na UEMA e dispõe da mesma opinião que Dyego. Ele já trabalha com educação ambiental tendo seus estudos são voltados para a conservação do ambiente, afirmando que a quantidade de áreas desmatadas ainda são muito altas. “Algumas regiões de São Luís possuem uma boa arborização, mas não é boa quando se compara com o tamanho da cidade. Se houver um planejamento correto, creio que possamos mudar esses dados…a SEMA trabalha com atividades assim”, conta o estudante. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (SEMA) realizou

Um dos trabalhos que a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (SEMA) já realizou envolveu uma reunião em 2019 junto com a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (CAEMA) e o Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) para tratarem sobre o alinhamento de ações efetivas para a proteção do Parque Estadual do Bacanga. Ele faz parte da Amazônia Legal com o intuito de preservar o pedaço de floresta protetora de mananciais cujas nascentes naturais alimentam a represa do Batatã.

Plantio de mudas nativas no Parque do Bacanga

Em abril de 2021, a SEMA também realizou o plantio de mudas nativas em duas áreas do Parque Estadual do Bacanga no âmbito dos Programas Maranhão Verde e Enquadramento de Rios de São Luís com o objetivo de promover ações de preservação, proteção, recuperação e restauração florestal e de matas ciliares, mas focando na plantação de espécies nativas. O projeto surgiu graças à necessidade de tratar essas áreas degradas e restaurar  o solo e vegetação para possibilitar a recuperação dos recursos que o meio ambiente oferece aos seres vivos.

Também esse ano, o Governo do Maranhão realizou em setembro uma cerimônia no parque junto com a SEMA para ordens de serviço de cercamento do Bacanga e prorrogação do Programa Maranhão Verde. Esse programa, executado no parque, conta com a participação de 254 famílias visando a conservação e recuperação das nascentes e áreas de recarga nas regiões do reservatório do Batatã e do Rio da Prata. Sobre o cercamento, ele abrangerá 27.000 m² de áreas degradas procurando intensificar a proteção e conservação de um espaço que já foi muito abusado.

Apesar da vegetação local ter sofrido bastante, o estado registrou, através de dados fornecidos pelo Projeto de Monitoramento de Desmatamento na Amazônia por Satélites (PRODES), uma baixa de desmatamento entre os anos de 2019 e 2020, com uma queda de 12,23% na vegetação amazônica, indicando que nem tudo está perdido, até pela possibilidade de recuperação. Um estudo global feito pelo Science Advances afirma que 3,6 milhões de hectares da Amazônia Maranhense são considerados “Hotspots” Globais, aréas em estado crítico, mas aptas à restauração. Ele conta que, através da proteção das florestas secundárias, o ambiente pode se reabilitar por conta própria e assim se regenerar.

As árvores são essenciais para todos os seres vivos que coexistem com a natureza, além, claro de melhorar visualmente o ambiente. Os parques de São Luís são equipados com diversas áreas verdes, entre eles está o Parque do Itapiracó, que serve como área de proteção ambiental e dispõe de praças, campos e quadras para melhorarem a vida dos habitantes da ilha. Apesar de poucas, as áreas verdes da cidade devem ser bem cuidadas e apreciadas, pois elas carregam itens que são fundamentais para nossa vivência e sobrevivência.

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