CHUVAS

São Luís tem média de 15 raios por km²

O período chuvoso traz uma maior incidência de raios e os acidentes podem causar problemas, alguns bem graves

Reprodução

Brasil está em primeiro lugar do ranking de incidência de raios no mundo. Estima-se que, em média, caiam cerca de 50 milhões de raios por ano em território nacional. Na internet, um vídeo que circulou recentemente nas redes sociais registrou a queda de um raio. O vereador José Omar de Oliveira fazia um vídeo da chegada da chuva no fim de semana, no sul de Minas Gerais, quando foi surpreendido com um raio que caiu perto dele e por pouco não o atingiu.

Raios na capital

O período chuvoso traz uma maior incidência de raios e os acidentes podem causar problemas, alguns bem graves. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o território maranhense costuma registrar uma média de 52 raios por km² ao longo do ano, enquanto São Luís registra em torno de 15 raios por km². O maior predomínio de descargas elétricas traz uma atenção redobrada com a segurança.

Segundo a doutora e clínica médica, Aparecida Quintanilha, quando um raio atinge uma pessoa ele passa por todo o corpo. A descarga elétrica se espalha e a energia esquenta o ar ao redor a mais de 27 mil Cº  e pode levar a queimaduras de até terceiro grau nos pontos de entrada e saída do raio. Mas a maioria das vezes causa queimaduras de segundo grau, semelhante à escaldadura por vapor de água.

Aparecida Quintanilha alerta sobre os riscos quando a pessoa tem contato com alguma descarga elétrica e consegue sobreviver.  “O raio pode passar pela cabeça, ombros, descer pela coluna, pele e chegar ao coração. Ao atingir o coração pode ter ação de um desfibrilador perturbando o ritmo cardíaco e levando a uma parada cardíaca, podendo até queimar os vasos sanguíneos e danificar o músculo cardíaco”.

Outra complicação decorrente da corrente elétrica dos raios são as alterações neurológicas. “A falta de oxigênio e, possivelmente, o dano causado no sistema nervoso podem fazer com que o coração deixe de bater novamente”, pontua Quintanilha.

Uma lesão cerebral geralmente causa perda de consciência. “Se o dano cerebral for grave, pode ocorrer coma. É normal que uma pessoa acorde, mas não se recorde do sucedido antes da lesão (amnésia). A pessoa pode ficar confusa, pensar lentamente e ter dificuldade para se concentrar e recordar os acontecimentos recentes. Podem ocorrer alterações de personalidade e elas podem ser permanentes”, detalha a especialista.

Podem ocorrer muitas lesões oculares, inclusive cataratas. Além de dormência, formigamento e fraqueza, pois os nervos ramificados da medula espinhal foram danificados.  “Os danos podem ainda ser maiores se a pessoa estiver segurando um objeto de metal, na realidade isso pode aumentar a probabilidade de ser atingido”, ressalta a medida, que ainda reforça: “Durante uma tempestade leve a sério os riscos e não fique exposto, se abrigue em uma casa ou dentro de um carro, por exemplo”.

Separamos outros cuidados que podem evitar acidentes em dias de chuvas fortes com raios e relâmpagos:

Dentro de casa

  • Evite mexer no celular;
  • Não use aparelhos elétricos;
  • Não mantenha aparelhos conectados nas tomadas;
  • Proteja tomadas se tiver crianças em casa;
  • Evite o uso do adaptador ou multiplicador de tomadas.

Cuidados fora de casa

  • Afaste-se das árvores e terrenos abertos;
  • Não permaneça em piscinas, rios e lagos;
  • Evite ficar em morros e terrenos elevados;
  • Se estiver dirigindo, permaneça no carro;
  • Não permaneça perto de redes elétricas;
  • Afaste-se de cercas de arame, varais metálicos e trilhos.
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