NOTÍCIA BOA

UFMA e mais 45 universidades conduzem mais de 800 pesquisas sobre coronavírus

As universidades brasileiras tentam fazer um mapeamento a fim de encontrar uma vacina que, finalmente, consiga imunizar a população contra a COVID-19

Universidades trabalham de diversas maneiras para tentar frear os efeitos causados pelo coronavírus

Os trabalhos para encontrar uma solução para frear os feitos do novo coronavírus não param. No Brasil 46 Universidades Federais estão conduzindo pelo menos 823 pesquisas sobre coronavírus, incluindo a Universidade Federal do Maranhão (UFMA). A informação foi divulgada na segunda-feira (11) pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), por meio de videoconferência. A lista das instituições que estão elaborando estudos está disponível no site da Andifes.

Nas maioria das universidades as aulas estão suspensas para evitar a propagação do novo vírus. No entanto, de acordo com o presidente da Andifes, João Carlos Salles Pires da Silva, as instituições não deixaram de trabalhar e de ocupar a linha de frente no combate à Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

De acordo com a reitora da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Lucia Campos Pellanda, que participou da coletiva de imprensa, as pesquisas vão desde a identificação do genoma do novo vírus, o que poderá possibilitar a produção de uma vacina, do trabalho em sistemas informatizados para computar os casos do novo coronavírus, identificando onde eles estão por georreferenciamento, à estudos para produção de testes a custos mais baixos, uma vez que os testes produzidos hoje dependem de componentes importados.

“As universidades públicas, assim como o Sistema Único de Saúde (SUS) têm tido as respostas mais eficazes nesse momento. Evidentemente, estão dando respostas com as condições que têm. Estamos sofrendo uma defasagem orçamentária que se não houvesse permitiria respostas mais robustas das universidades. Acho que as universidades estão enfrentando isso com seriedade imensa e é isso que esses números apresentam”, ressaltou o presidente da Andifes.

Na UFMA, foi instituído o Comitê Operativo Emergencial, que inclui: estudantes, professores e técnicos administrativos. A intenção é fazer com que todos possam a apoiar, dentro de suas especialidades práticas, que possam contribuir com o combate ao coronavírus.

Estudos que vão além da busca por uma vacina para o coronavírus

As pesquisas buscam não só o procedimento padrão para a produção de uma vacina, que é identificar o genoma viral do SARS-CoV-2, como também descobrir formas de disponibilizar testes mais em conta, criar sistemas informatizados para detectar novos casos e também encontrar maneiras de fabricar peças para ventiladores mecânicos dentro do Brasil.

As instituições também atuam em cerca de 96 ações de produção de álcool e produtos sanitizantes e 104 ações de produção de equipamentos de proteção individual, como protetores faciais, máscaras de pano e aventais. Até agora, já foram mais 990 mil litros de álcool gel produzidos, mais de 910 mil litros de álcool líquido e mais de 160 mil protetores faciais. Há também, pelo menos 53 ações de testagem para o novo coronavírus, responsáveis pela realização de 2,6 mil testes por dia. Nos hospitais universitários, as instituições disponibilizaram mais de 2,2 mil leitos normais e quase 500 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Elas também têm beneficiado a fabricação de mais de 160 mil protetores faciais, 104 EPIs (Equipamento de Proteção Individual), 85 mil máscaras de pano, 6 mil aventais e 2 mil capuzes, todos direcionados tanto aos profissionais de saúde quanto a cidadãos comuns.

 

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