EXPECTATIVA

O que esperar da economia para 2018?

Num cenário econômico composto pela esperança pelo fim da recessão, cautela e previsão de PIB do Maranhão em 2,4% procuramos representantes de algumas entidades de classes para falar sobre o que esperam da economia para 2018

Foto: Reprodução

Apesar de o Brasil refletir os impactos da crise com cortes de gastos, interrupção de serviços públicos, aumento de tributos e situação crítica nas contas públicas de alguns estados, o país fechou o ano de 2017 com os índices econômicos apontando quedas na inflação e na taxa básica de juros.

Com a chegada do novo ano, as expectativas também se reequilibram e, para o Maranhão, que se destacou por uma situação fiscal favorável, na contramão dos outros estados, tem-se uma taxa de crescimento do PIB de 2,4%, em 2018, apontada pelas projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) maranhense, divulgadas pelo Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc).

Num cenário econômico composto pela esperança pelo fim da recessão e cautela, procuramos representantes de algumas entidades de classes para falar sobre o que esperam da economia para 2018. Segundo o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema), Edilson Baldez, o cenário aponta para recuperação do país, e isso mantém o otimismo da indústria para 2018.

“O país está se recuperando com sinais claros de expansão, com inflação controlada, juros em baixa e com reformas estruturantes como a da Previdência e Fiscal em andamento. Essas tendências apontam para a retomada da economia, a elevação da qualidade de vida da sociedade e transformando-se num grande sintoma de que dias melhores virão”, avalia Edilson Baldez.

O presidente da Associação Comercial do Maranhão (ACM), Felipe Mussalém, também acredita que o pior, envolvendo crise econômica e recessão, já tenha passado. O índice de desemprego já recuou, e o Brasil reexperimentará crescimento do PIB. Isso, segundo ele, aumenta a confiança internacional no Brasil e atrai investimentos.

“Devemos nos lembrar sempre dos aprendizados de 2017 e estamos ainda mais unidos para crescermos juntos. Continuemos sempre atentos, ainda mais atentos, à crise política vivida pelo país. Exercendo o nosso poder gerador de emprego e renda, para cobrar cada vez mais seriedade dos nossos líderes políticos em todas as esferas, para que eles tenham a capacidade de gerir olhando para frente, com visão de futuro e união”, prega Felipe Mussalém.

Sobre as expectativas para o próximo ano, para a economia e para o setor do comércio, o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Maranhão (Fecomércio), José Arteiro da Silva, ressalta que são muitas as análises dos economistas para o futuro do país. Para ele, independentemente de quem acerte nas previsões, o fato é que o Brasil volta a apresentar crescimento da atividade econômica após dois anos de recessão. “Aliado a esse cenário de retomada das vendas e fortalecimento do mercado de trabalho, a inflação sob controle também cria as condições favoráveis para a adoção de políticas monetárias de flexibilização e abertura de crédito para impulsionar a atividade econômica em 2018”, analisa.

Para o presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Maranhão (Sinduscon-MA), Fábio Nahuz, o ano ainda será difícil, todavia a categoria se mantém otimista. “É vital para a economia do nosso estado que estejamos unidos para que possamos discutir e colocar nossas posições em meio a temas importantes para a construção do Brasil e recuperação da atividade para que continuemos a diminuir o déficit habitacional e desenvolver o Maranhão”.

De acordo com Nahuz, o ano de 2017 foi de dificuldades em todos os setores da construção por falta de recursos, incertezas e insegurança jurídica, porém, o setor permaneceu unido e coeso. Para o ano de 2018, o presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-MA), Cláudio Calzavara, acredita que o setor da construção civil espera um acentuado incremento na atividade. Sobretudo, pela aproximação das eleições, em que os setores de governo favorecem investimentos na construção civil, atividade que responde de maneira imediata à criação de postos de trabalho em grande escala.

No patamar político-econômico, segundo o presidente do Imesc, Felipe de Holanda, o Maranhão dispõe de um conjunto de projetos que poderão fazer descolar o estado da trajetória nacional e regional.  No entanto, a crise fiscal-financeira e político-institucional do governo federal e sua difícil resolução nos próximos anos determinam que os gastos federais deverão desempenhar um papel apenas secundário no financiamento ao desenvolvimento do estado.

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