Tremor no Maranhão

São Luís sofreu com tremores de acomodação, diz professor da Uema

O professor de Geografia Física da Uema, Luís Jorge Dias, afirmou que composição das rochas no solo maranhense pode ter sido a causa do tremor

Reprodução

Uma das explicações possíveis para o tremor de terra sentido em São Luís foi dada pelo professor de Geografia Física da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), Luis Jorge Dias. Segundo o professor, a composição das rochas no solo da capital maranhense é suscetível a acomodação das mesmas gerando abalos sísmicos.

“O que aconteceu se explica como um tremor de acomodação, ou seja, as rochas estão saturadas do peso que elas suportam do solo para baixo. Isso é bastante comum em lugares com rochas sedimentares, pois elas são mais novas e suscetíveis”, afirmou.

Além disso, Dias explica que há uma falha geológica na costa do Maranhão, que faz com que haja uma maior propagação na percepção do tremor por parte dos humanos.

“A percepção é maior aqui, pois há uma proximidade com falhas geológicas. A faixa costeira que vai de Alcântara a Icatu é recortada em sua faixa norte, desde Itaqui a Curupu, por uma falha profunda. E isso permite uma propagação mais concentrada do abalo sísmico”, completou.

Em 1994, após um terremoto no Chile, tremores foram sentidos em São Luís e segundo Dias, quando isso ocorre há um abaixamento leve (entre 1 e 2 cm) da superfície. O professor não descarta a possibilidade de abalos secundários. “Possivelmente pode acontecer um abalo secundário nos próximos dias”, encerrou.

Luís Jorge Dias ainda alerta para as autoridades sobre possíveis danos a estruturas de prédios em São Luís. “É bom que as autoridades, CREA e Defesa Civil, verifiquem as estruturas dos prédios, sobretudo em construção para ver comprometimento em vigas”, alertou.

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