O presidente do clube, Sérgio Frota, confirmou a dívida em entrevista coletiva na última semana e com muito esforço conseguiu pagar o mês de abril para os funcionários do clube, na última segunda-feira, 22 de junho, e uma parcela aos jogadores na última quarta-feira, 24 de junho. Mesmo quitando abril, o Sampaio ainda terá dois meses a pagar a partir do dia 10 de julho quando deveria ser pago os salários de junho ao elenco.

Segundo as contas do próprio presidente, a folha salarial do clube é de cerca de R$ 650 mil com uma média de salário beirando os R$ 18 mil por jogador. Uma das exceções dessa política era o atacante Robert, que recebia R$ 40 mil por mês no Tricolor, além de R$ 5 mil de ajuda de custos.

O artilheiro, inclusive, deixou a equipe para o Vitória sem render dinheiro algum aos cofres tricolores por conta dos problemas salariais. Segundo Frota, a cláusula de rescisão renderia R$ 100 mil ao clube. Gil Mineiro foi outro que deixou o clube sem custos para o Náutico em troca apenas do perdão das dívidas salariais.

Mesmo com a dívida, a direção do clube tem esperanças de conseguir manter os salários em dia com a reformulação feita no programa sócio-torcedor bem como com a criação do programa Nota Legal via Governo do Estado cujo relator foi o próprio Sérgio Frota que também é deputado estadual. “O programa vai melhorar a arrecadação do Estado, possibilitando uma educação fiscal abrangente. E através da compra de ingressos para o futebol, cinema e outras atividades culturais. Vamos difundir mais essas áreas que precisam de constante apoio do Poder Público”, afirmou em Plenário.

O pagamento dos salários atrasados é de suma importância para o Sampaio conseguir não só manter os jogadores que estão sob contrato e interessam a outros clubes como Diones, Luiz Otávio e William Simões, como também servir como atrativo para novas contratações.