ENCRUZILHADA

Provações peemedebistas

O PMDB maranhense está numa nova encruzilhada, imposta pelo ex-deputado e ex-secretário poderoso do governo Roseana Sarney, Ricardo Murad. Ou ele assume o controle do diretório municipal de São Luís para ser candidato a prefeito em 2016, ou debanda em busca de outro partido para levar adiante o seu projeto. O deputado Roberto Costa, que […]

O PMDB maranhense está numa nova encruzilhada, imposta pelo ex-deputado e ex-secretário poderoso do governo Roseana Sarney, Ricardo Murad. Ou ele assume o controle do diretório municipal de São Luís para ser candidato a prefeito em 2016, ou debanda em busca de outro partido para levar adiante o seu projeto. O deputado Roberto Costa, que comanda o partido na capital desde muito tempo, hoje, vive às turras com a deputada Andrea Murad, filha de Ricardo, que em 2014 “elegeu” ainda o genro Sousa Neto e o aliado federal, Aluísio Mendes (PSDC).
Ela, o cunhado Sousa Neto (PTN), o Adriano Sarney (PV), neto do ex-senador José Sarney, e o veterano Edilázio Júnior, genro do irmão caçula de Sarney, Ronald Sarney, formam o quarteto familiar que faz a clássica “tabelinha” no plenário da Assembleia Legislativa, com dura oposição ao governo Flávio Dino. Ao contrário da colega de PMDB Andrea, Roberto Costa vem se esquivando de assumir o papel de opositor, mesmo sendo o político mais próximo do senador João Alberto, que comanda o PMDB estadual com mãos de ferro.
No meio desse ambiente pesado no PMDB, Roseana Sarney resolveu participar, há poucos dias, da primeira reunião do partido em São Luís para avaliar o cenário político do futuro, mas dizer nenhuma palavra sobre a derrota de 2014 para o comunista Flávio Dino. Deu a entender que ela está mais interessada em avaliar suas pré-condições para disputar a Prefeitura de São Luís em 2016 do que tentar fechar a porteira da debandada peemedebista. Ou ainda resmungar sobre o passado.
Depois daquela reunião, que nem Ricardo nem a filha Andrea participaram, coincidentemente, Roberto Costa mandou avisar: “Se Murad pensa em assumir o controle do PMDB, pois que cuide de buscar outro abrigo partidário”. Como Ricardo não é dado a ouvir reprimenda, devolveu: “Se não tiver o controle do partido em São Luís, vou sair e procurar outro para ser candidato a prefeito”. Se cumprir a promessa, corre o risco de enfrentar, pela segunda vez numa campanha, a cunhada Roseana Sarney, que não afirma, mas também não nega o interesse na cadeira de Edivaldo Júnior.
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