Os projetos “Escola Digna” e “Água para Todos” lançados pelo governador Flávio Dino alcança mais do que uma operacionalidade na educação e na saúde. A decisão de substituir todas as escolas de taipa pelas de alvenaria e permitir as torneiras dentro das casas libertando as mulheres das latas d’água na cabeça modifica radicalmente a cultura política que obrigou a sobrevivência da população na subserviência dos donatários do poder durante décadas. O choque cultural não vai apagar a infeliz declaração de uma conhecida figura afirmando que morar na taipa era do gosto dos maranhenses, muito menos fazer o povo parar de cantar a música da “Lata d’água na cabeça, lá vem Maria, lá vem Maria”. Mas permite mudar a equivocada concepção na falta de respeito às pessoas.