CINEMA

Preamar: filme maranhense faz alerta às famílias do Brasil

Curta-metragem produzido por estudantes do curso de Produção Cinematográfica do Instituto Federal do Maranhão coloca em debate o desaparecimento de crianças

Reprodução

A produção audiovisual do Maranhão ganhou mais um reforço. A primeira turma do curso de Produção Cinematográfica do Instituto Federal do Maranhão (IFMA) lança amanhã, às 19h30, o curta-metragem Preamar, no Cine Praia Grande, no Centro de Criatividade Odylo Costa, filho, no Centro Histórico de São Luís.

O filme tem a direção  de Felipe Sagach e Thiago Melo, e é um trabalho de conclusão de curso dos alunos da instituição. A produção contou com a equipe técnica formada por integrantes da turma e pelos atores Giovana Testi, Idiandra Nunes, Thallison Moreira, André Bakka, Fatima di Franco, Lara Amorim, Lethicia Carvalho, Ricardo Teles, Ricardo Torres, Sara Moreira, Tef Maria, Vinaa e Willame Silva.

De acordo com Thiago Melo, que assina o roteiro com Felipe Sagach e Henrique Sá, explicou a O Imparcial que  Preamar conta a história de Ricardo e Cristina, que, após sete anos de casados, passam por alguns problemas em sua relação. Em um dia de feriado, o casal decide ir à praia com a sua filha Beatriz. Por um deslize dos pais, Beatriz desaparece, e o clima de tensão e suspense em uma praia lotada aumenta entre Ricardo e Cristina, que desesperadamente tentam pôr fim àquela situação. “O filme é um alerta às famílias brasileiras. Preamar tem como objetivo discutir um problema recorrente em muitas famílias, o desaparecimento de uma criança. Há muitos fatores contribuintes para estes incidentes como, por exemplo, a responsabilidade nos cuidados e zelo pelas crianças e a deficiência da segurança pública”, disse o estudante Thiago Melo.

Thiago Melo acrescentou que, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em estudo feito a pedido do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, a cada hora, o Brasil registra oito desaparecimentos de pessoas. De 2007 a 2016, foram 693.076 boletins de ocorrência por desaparecimentos. Segundo a ONG Mães da Sé, em todo o Brasil, 40 mil crianças e adolescentes desaparecem anualmente. Thiago Melo afirmou ainda que no curta se discute ainda a sociedade distraída que nos tornamos quando estamos utilizando aparelhos eletrônicos, em especial o celular, e nos excluímos do mundo em nossa volta, e também sobre a fragilidade das relações conjugais.

O estudante de cinema revelou a O Imparcial que sempre gostou de cinema, mas que encarava como hobby e que, com o curso de Produção Cinematográfica, ele teve um contato mais profissional, pois estudou todos os segmentos da área. “Estou muito feliz com o resultado final do filme, porque foi uma produção que envolveu não só os alunos do curso, mas outras pessoas que compraram a nossa ideia. A sensação é de dever cumprido”, disse Thiago Melo.

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