A campanha eleitoral movimenta de forma diferente serviços oferecidos por diversos setores da economia. Conforme a Lei das Eleições, há um limite de gastos nas campanhas dos candidatos a prefeito e a vereador em cada município, atualizado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Esses gastos vão desde a contratação de pessoal, locais de trabalho, confecção de material impresso de campanha, montagem e operação de carros de som, produção de programas de rádio e TV, realização de pesquisa, criação e inclusão de páginas na internet, impulsionamento de conteúdo, produção de jingles, entre tantos outros serviços que significam novas oportunidades e postos que se abrem no mercado de trabalho e aquecem a economia das cidades.

Em Imperatriz, as gráficas comemoram o bom momento, depois da queda brusca nas atividades de muitos segmentos do comércio, provocada pela pandemia. Em meio ao caos que se instalou na saúde, especialmente nos meses de abril, maio e junho, obrigando a suspensão de várias atividades comerciais, esse setor só não foi tão impactado porque houve um aumento na procura pelo serviço de delivery, que exigiu investimentos das empresas em material gráfico, para divulgação das ofertas. Mas os empresários do ramo já aguardavam com muita expectativa o período da campanha eleitoral, que a cada pleito representa um crescimento significativo nas vendas, para o pequeno ou grande empresário.

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Há 15 anos no mercado, Gilney Escórcio tinha na empresa 7 colaboradores e teve que contratar mais 3, para o atendimento, serviço de designer e acabamento. “Com a pandemia, depois de 40 dias, tivemos um aumento de 20% no faturamento com as empresas delivery. Já com o advento da política, eu tive que capacitar e contratar mais profissionais porque nós tivemos um aumento dos serviços em 60%. Aqui nós produzimos o material e entregamos em até 24 horas”, disse o proprietário da gráfica.

Propaganda eleitoral

As agências de publicidade também estão trabalhando a todo vapor. Na maioria, o quadro de profissionais se modificou com a aproximação das eleições municipais.  A comunicação política está numa crescente, fazendo com que os candidatos falem diretamente com o eleitor, utilizando mais as redes sociais. Além dos jornalistas, para a função de assessor de comunicação, muito requisitada nessa época, a figura do social media tem sido bastante procurada.

Alfredo Wagner é empresário do ramo, dono de uma agência de publicidade, e teve que refazer o planejamento de gestão porque chegou a quadruplicar o quadro de colaboradores com a demanda de clientes.

“Nas eleições municipais, a demanda é muito alta porque são muitos municípios e muito mais candidatos, principalmente para vereador. A gente acaba achando muita dificuldade para contratar profissionais porque eles estão sendo disputados por várias empresas. Nós temos 12 colaboradores fixos e hoje nós estamos com 49, normalmente a gente contrata por 60 dias e tem hora pra acordar, pra chegar no trabalho, mas não tem hora pra dormir. Tivemos que contratar até profissionais de fora porque não encontramos profissionais suficientes para atender essa demanda”, relatou Alfredo Wagner.

Geração de renda

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico ainda não tem uma estimativa do aumento real dos postos de trabalho em Imperatriz porque, nesse período, também surgem muitas contratações temporárias sem vínculo empregatício. Já na pandemia, de maio a setembro, o Sine Municipal ofertou 425 vagas de emprego, mesmo em funcionamento de forma remota.

Importante lembrar que os candidatos precisam prestar contas de gastos com os cabos eleitorais, por exemplo, que são as pessoas que entregam santinhos, carregam bandeiras, fazem a logística dos comícios, pedem voto, e de alguma forma, se comprometem com os candidatos. Há um limite para a quantidade dessas pessoas por cargo, que varia por município. Imperatriz tem cerca de 450 candidatos a vereador e 10 candidatos disputam o cargo de prefeito.