COMEMORAÇÃO

75% dos consumidores vão gastar menos com presente de dia dos pais

Pesquisa da Federação do Comércio mostra que o consumidor da capital maranhense vai gastar menos para presentear o papai no próximo domingo, dia 9 de agosto

(Foto: Reprodução)

Com uma das datas mais propícias para o consumo no Brasil, o Dia dos Pais será diferente que nos anos anteriores em relação ao consumidor. Por conta da pandemia do coronavírus, a maioria dos ludovicenses não pretendem gastar muito para presentear o papai no próximo domingo, dia 9 de agosto. Lembrando que o Dia das Mães, que é considerada umas das melhores datas para o comércio, foi muito abaixo que o esperado por conta do distanciamento social e o fechamento do comércio da capital maranhense durante o mês de maio.

No mês de julho, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Maranhão (Fecomércio-MA) realizou uma pesquisa onde mostra uma redução na intenção de compra no mês de julho, em relação ao mesmo período do ano passado.

A intenção de presentear o papai neste ano teve uma redução de 51,2%. O estudo também avalia a percepção dos consumidores em relação a sete indicadores que influenciam na decisão e na capacidade de consumo atual e futura.

De acordo com a pesquisa, 75,4% dos consumidores de São Luís afirmaram que deverão gastar menos do que no mesmo período do ano passado, 20,1% apontaram que devem comprar no mesmo nível e apenas 4,4% dos ludovicenses se disseram propensos a comprar mais do que foi gasto no ano passado.

Indicadores baixos

Na passagem de junho para julho deste ano, cinco desses indicadores apresentaram variação negativa, refletindo em um aumento do pessimismo do consumidor.

As principais desacelerações mensais foram quanto à avaliação do nível de consumo atual (-19,1%), o nível de renda atual da família (-18,4) e as perspectivas futuras de consumo (-18,2%).

Embora o comércio já tenha reaberto as portas em São Luís, o setor tende ainda a sentir os impactos negativos da pandemia no Dia dos Pais. “A data compõe um dos cinco principais momentos do ano em que as vendas tendem a ter uma elevação acentuada. Este ano, com as preocupações dos consumidores e as avaliações negativas quanto à sua capacidade de renda e de consumo, as vendas deverão se manter num ritmo de recuperação em relação ao mês anterior, mas muito abaixo do registrado no ano passado”, avalia o presidente da Fecomércio, José Arteiro da Silva.

Consumo

Pensando no futuro, 60,7% dos entrevistados indicaram que nos próximos meses deverá continuar comprando abaixo do nível de compras do ano passado, enquanto 31% espera que sua capacidade de consumo pelo menos se iguale ao nível do ano passado nos próximos meses e apenas 4,8% demonstra otimismo quanto a alcançar nos próximos meses uma capacidade de consumo superior à do ano passado. “O nível de intenção de consumo já havia batido recorde em junho, alcançando a menor marca histórica. No mês de julho, os nossos estudos apontaram para a continuidade da retração do consumidor, renovando o recorde.

Nesse cenário, as empresas precisam buscar alternativas para driblar esse pessimismo dos consumidores, oferecendo produtos inovadores e criativos que caibam na atual perspectiva de renda da famílias, além de buscar alcançar esse consumidor de formas diferenciadas, como por exemplo oferecendo facilidades através das redes sociais e plataformas digitais”, ressalta o presidente José Arteiro da Silva.

Nossos estudos apontaram para a continuidade da retração do consumidor

Um dos agravantes para a situação de deterioração do consumo, segundo o estudo da Fecomércio, é o cenário atual do emprego. Do total de entrevistados, 27,7% disse estar desempregado, 42,4% apontou estar menos seguro no emprego do que no ano passado, 24,1% dos consumidores afirmaram que se sentem da mesma forma do que no ano passado e apenas 5,7% demonstrou estar mais seguro no emprego agora do que no mesmo período de 2019.

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