Tradição

Seis ícones que fizeram história no São João maranhense

Pessoas que já se foram, mas seus legados permanecem até hoje enriquecendo ritmos, danças e composições musicais que tornam únicas as festas juninas maranhenses

Dona Teté

Criada pela avó paterna e pela madrinha, não fosse pela pura vontade de Almerice da Silva Santos, a Dona Teté, e pelas influências culturais ainda na infância, talvez não teríamos a primeira dama do cacuriá maranhense.

Rodeada de ladainhas e batidas de caixeiras do bairro do Sacavém, a pequena e curiosa Teté improvisou uma passagem no quintal da sua casa por onde ia até a casa da vizinha acompanhar as festas do Divino Espirito Santo. E foi essa curiosidade que a fez aos 8 anos de idade aprender a tocar a Caixa – instrumento que anos mais tarde seria seu inseparável companheiro.

Teté perdeu os pais muito cedo e desde os 12 anos se viu obrigada a trabalhar como empregada doméstica para ajudar na renda da casa da avó. Sem estudo formal, aprendeu sozinha apenas o básico da leitura e da escrita.

Aos 58 anos, largou o ofício de doméstica para cantar cacuriá, após décadas participando das festividades do folclorista Alauriano Campos de Almeida, o popular “Seu Lauro”, na Vila Ivar Saldanha. Anos depois, foi convidada  pelo Laboratório de Expressões Artísticas (Laborarte) para ensinar o toque de caixa do Divino para uma peça teatral. Foi aí que Dona Teté assumiu o posto de mestre e passou a repassar seus ensinamentos.

Assim nasceu o Cacuriá de Dona Teté, no ano de 1986. Hoje, faz sucesso nacional e internacionalmente com apresentação, principalmente com apresentações durante o período junino, encantando o público com as irreverentes canções Choro de Lera, Jabuti e Jacaré.

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