COTIDIANO

Jornal Impresso: prazer que resiste com o passar do tempo

No dia do aniversário de 92 anos do jornal O Imparcial, leitores do impresso mais popular de São Luís falam por que o jornal ainda tem relevância

Foto: Reprodução

Há séculos o jornal impresso vem cumprindo um papel significativo na sociedade, trazendo informação e entretendo ávidos leitores que buscam por notícias que tenham um olhar apurado e diferenciado do mundo, e que de alguma forma assemelhem-se a uma doutrina, mostrando o que há de certo e errado acontecendo ao redor. O advento da tecnologia vem gradativamente mudando a forma com que as informações são recebidas e repassadas. Redes sociais, internet e meios de comunicação móveis fazem com que um fato, seja ele boato ou verídico, possa alcançar uma quantidade absurda de pessoas em poucos minutos, e a resposta dessas pessoas também é rapidamente percebida e discutida como se o mundo inteiro fosse apenas uma sala ligada virtualmente.

Todo esse universo tecnológico parece soar como um ultimato decretando o fim do jornal impresso, que deveria ser ultrapassado pela velocidade que não tem em propagar informação. Porém, este meio vem se adequando a cada nova tecnologia, se atualizando às necessidades sociais e ainda têm leitores fiéis que acompanham diariamente todo o conteúdo publicado nas páginas de grandes veículos como O Imparcial.

No dia do aniversário de 92 anos do jornal O Imparcial, leitores do impresso mais popular de São Luís falam por que o jornal ainda tem relevância.

Nas páginas da notícia

Ter a notícia nas mãos, ler os cadernos com os temas variados de um periódico, perceber os enlaces de um editorial com as opiniões pessoais são prazeres que apenas os leitores que acompanham a trajetória de O Imparcial desde 1° de maio de 1926 conseguem entender, e, por isso, passaram este hábito de geração em geração.

Para o contador e também escritor Roger Gama, o jornal impresso ainda é um dos meios de informação mais importantes, e possui um grau de confiabilidade significativo devido à apuração séria das notícias. O costume de ler veio desde a infância. Segundo ele, além do hábito de ler, guardar o jornal é um meio de manter as notícias mais interessantes. “Eu tenho esse hábito desde criança. A ilustração da matéria, aliada ao texto, ajuda na memorização. A variedade também me estimula porque posso escolher a página para ler primeiro e ainda guardar algumas páginas para apreciar depois. Quando não tenho tempo para apreciar tudo, guardo para outro momento”.

Por ser crítico em relação às informações, Roger acredita que o jornal impresso ainda seja influenciador de notícias para outros meios, e a credibilidade desse meio nunca esteve tão em alta. “Observo um cuidado maior com a notícia impressa. Acredito que é porque o escrito é como uma prova documentada, existe seriedade na hora de informar o fato. A própria tecnologia necessita do impresso para facilitar a digitação. Muitas vezes, a notícia virtual é colhida de uma matéria impressa. Tantas vezes já ouvi notícias nas redes sociais que já tinha lido antes no impresso. E, às vezes, diferente da realidade”.

De geração em geração

O estudante universitário Leonardo Vale tem 27 anos, menos que 1/3 do tempo em que O Imparcial já circula pelas ruas de São Luís, mas para ele o gosto pela leitura do impresso ele adquiriu em casa, e diz que passará para os filhos. “Lá em casa, tinha assinatura de jornal, e eu, desde pequeno, gostava de ver, lia o que entendia e fui fazendo disso um costume. Hoje, para mim, o jornal impresso faz parte do meu dia a dia, tenho que ler ao menos uma parte logo de manhã. E se puder vou passar isso para meus filhos, para que eles não fiquem apenas presos nos celulares com se vê hoje em dia”.

Leonardo acredita que a nova geração precisa ter mais contato com meios que não sejam apenas virtuais, especialmente para trabalhar a leitura, que, segundo ele, é essencial para o aprendizado e formação do senso crítico. “Eu acho que a internet tem muita coisa boa a oferecer, mas também tem muita coisa errada. Notícias às vezes que não acrescentam em nada e com erros de português. Textos que para economizar no tempo são extremamente rasos, sem aprofundar a história. Acho que o jornal impresso ainda traz isso. Principalmente para estudantes, é muito importante que se mantenha esse contato com esse meio de comunicação”.

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