Música brasileira

Músicos e instrumentistas celebram o Dia Nacional do Choro

O evento ocorre hoje, às 19h, na Escola de Música do Maranhão e tem como homenageado o chorão maranhense Zezé Alves

Reprodução

Uma grande Jam Session reunirá esta noite os grandes entusiastas do choro. Como já é tradição nos calendários musical e cultural de São Luís, o Dia Nacional do Choro será comemorado em homenagem ao nascimento de Alfredo da Rocha Vianna Filho, o Pixinguinha (23/4/1897-17/2/1973), um dos mais importantes nomes do gênero e da música brasileira.

A data é celebrada a cada 23 de abril, e a comemoração deste ano foi antecipada para hoje, às 19h, pela Escola de Música do Estado do Maranhão Lilah Lisboa de Araújo (Emem), que promove a festa em homenagem ao gênero musical. O evento ocorrerá no Centro de Criatividade Odylo Costa, filho, na Praia Grande.

Como em anos anteriores, a iniciativa homenageará um chorão local. Este ano, será o músico Zezé Alves, conhecido no meio artístico carinhosamente pelo apelido Zezé da Flauta. Zezé Alves é professor da Escola de Música do Estado do Maranhão Lilah Lisboa de Araújo e começou a tocar profissionalmente aos 22 anos.

O músico é considerado uma das referências da música instrumental maranhense. Zezé Alves iniciou a carreira em 1977, quando participou de um show chamado Boca do Lobo, do cantor e compositor Sérgio Habibe, ao lado dos músicos Joaquim Santos e Ronald Pinheiro.

Alves também integrou o grupo Rabo de Vaca, idealizado pelo cantor Josias Sobrinho, participou da gravação do disco Choros Maranhenses (2006) do Instrumental Pixinguinha, e do Caderno de Partituras [2012], ambos lançados com a missão de registrar a produção dos chorões maranhenses.

Para quem não sabe, Zezé Alves foi um dos fundadores do Instrumental Pixinguinha. Ele já era professor da Escola de Música do Maranhão, quando o violonista Marcelo Moreira, o bandolinista Raimundo Luiz, e também o músico Francisco Padilha, que foi diretor da Escola, tiveram a ideia de criar um núcleo de música popular que tivesse o choro, que é uma música genuinamente brasileira, com raiz no samba. Daí nasceu o Instrumental Pixinguinha.

O grupo, hoje formado por João Neto (flauta transversal), Raimundo Luiz (bandolim), Juca do Cavaco (cavaquinho), Domingos Santos (violão de 7 Cordas) e Nonato Oliveira (percussão), se apresenta há mais de duas décadas em espaços artísticos de todo o país e será o anfitrião da festa que contará com a participação de vários músicos maranhenses. No repertório, estão clássicos do chorinho, com destaque para músicas de mestres como Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth e Pixinguinha.

Choro: o ritmo genuinamente brasileiro

O choro é um gênero musical nascido e desenvolvido na cidade do Rio de Janeiro, quando esta passa por inúmeras transformações fundamentais para a história do Brasil, entre elas, a inquietação que se segue à Guerra do Paraguai (1864-1870), que levaria à abolição da escravidão, à instituição do regime republicano, a reformas urbanas e a grandes transformações culturais. Chiquinha Gonzaga (1847-1935), Pixinguinha (1897-1973), Heitor Villa-Lobos (1887-1959) e Jacob do Bandolim (1918-1968) são nomes famosos que participaram dessa história, mas há muitos outros.

Quem foi Pixinguinha?

Alfredo da Rocha Vianna Júnior nasceu em 23 de abril de 1887. Cedo dedicou-se à música e deixou um legado de inúmeros clássicos, arranjos e interpretações magistrais, como flautista e saxofonista. Carinhoso, Lamento, Rosa, 1 x 0, Ainda Me Recordo, Proezas de Solon, Naquele Tempo, Os Oito Batutas, Sofres Porque Queres, Fala Baixinho e Ingênuo estão entre algumas de suas principais composições. O apelido Pixinguinha veio da união de pizindim – menino bom –, como sua avó o chamava, e bexiguento, por ter contraído a varíola, que lhe marcou o semblante.

Serviço

O quê? Homenagem ao Dia Nacional do Samba.
Quando? Hoje, às 19h,
Onde? No Centro de Criatividade Odylo Costa, filho, na Praia Grande.
Quanto? Aberto ao público

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