POLÍTICA

PSL apruma o rumo

Partido do presidente Jair Bolsonaro ainda precisa ganhar força no cenário maranhense nos próximos anos

De ilustre desconhecido entre o rosário de 35 siglas partidárias do país, o PSL passava de eleição em eleição quase invisível pela população. Até 2018, sequer servia para acomodar políticos desguiados em momentos decisivos, normalmente em ano eleitoral. Mas o cenário político deu uma reviravolta depois do surgimento do candidato presidencial Jair Bolsonaro, em que deixou para trás figuras conhecidíssimas com Ciro Gomes, Marina Silva e Fernando Haddad, petista que substituiu Lula a menos de um mês das eleições.

No Maranhão, então, o PSL era um partido tão insignificante quanto foi, em 1989, o PRN, ocupado pela candidatura do “salvador da pátria” Fernando Collor de Mello, o jovial e impulsivo caçador de marajás. Já o PSL no Maranhão foi o instrumento dos candidatos da direita, dentre os quais a ex-prefeita de Lago da Pedra, Maura Jorge. Ela ganhou a queda de braça com o coronel aposentado José Monteiro Segundo. Disputou o governo contra uma penca de cinco candidatos, dentre os quais Flávio Dino, ficando com 7,8% dos votos. Com a eleição do “mito” Bolsonaro, sustentada por vários fatos políticos e sociais adversos à ira e a frustração da do eleitorado, no Maranhão, o PSL já é disputado até por quem estava fora de seus quadros na eleição. O vereador Chico Carvalho se viu acuado na presidência, sob fogo cruzado de figuras como Maura Jorge, Allan Garcês, Eduardo Braide, Aluísio Mendes, coronel Monteiro, Pastor Gildenemyr e até Fábio Câmara. Todos querendo assumir o comando da legenda direitista.

Por incrível que pareça, o único deputado estadual do PSL no Maranhão, Pará Figueiredo, estreante na política, não arriscou disputar a presidência, na convenção realizada neste fim de semana. Resultado foi a recondução do bem articulado Francisco Carvalho, que ficará no posto até 2021. Assim, ele passa a ser um dos políticos mais cortejados no Estado, em razão das eleições municipais de 2020, quando Jair Bolsonaro pode estar com a imagem recuperada dos desgastes de estreia. Ou não. Levando-se em conta a erosão porque passa seu governo, com apenas três meses e meio de funcionamento.

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