Termina hoje o prazo para beneficiários do Bolsa Família regularizarem seus dados cadastrais. Caso não o façam, terão o pagamento do mês de julho bloqueado. Estão sendo chamados a se recadastrar aqueles que apresentaram renda diferente da que consta no sistema do Cadastro Único para Programas Sociais, o CadÚnico. Segundo o coordenador do Bolsa Família no Maranhão, Cristiano Pereira, são casos da não declaração de rendas de algum integrante da família e ao chegar ao sistema gera conflito de informações. “As pessoas omitem esses dados por receio de perder o benefício. Mas, é preciso que regularizem ou podem ficar sem receber o dinheiro no próximo mês”, disse o coordenador. No Maranhão, cerca de quatro mil pessoas precisam se apresentar para atualizar as informações, segundo a coordenação.

Os beneficiários devem comparecer com a documentação pessoal e o comprovante de renda de todos os membros da família. Cristiano Pereira alerta para que sejam declaradas todas as rendas que compõem o orçamento familiar – seja autônomo ou carteira assinada. “Qualquer valor que alguém da família receba é considerado nos cálculos do programa, pois, é pela renda que se determina quem tem direito ou não”, explica Cristiano Pereira. Uma vez que estas informações não estão no sistema, o titular do benefício corre o risco de ficar sem receber e até ser desligado do programa. Após o bloqueio do pagamento, o inscrito terá até 18 de setembro para regular a situação, então, o documento é desbloqueado e o valor retido é pago, inclusive com os retroativos, caso existam.

Perdendo o prazo do desbloqueio, será feito o cancelamento do benefício. A pessoa sai do cadastro e entra outro no lugar. Neste caso o beneficiário deverá aguardar até três meses para que o Governo Federal reconsidere a situação e volte a incluí-lo no cadastro, o que pode não ocorrer. E caso retorne, receberá o valor real sem retroativos. “Se for cancelado a pessoa terá que fazer novo cadastro e é bem mais difícil voltar a receber. Então, para evitar problemas, orientamos que as pessoas venham se adequar dentro do prazo”, enfatizou o coordenador. Na capital são cerca de 90 mil famílias inscritas no programa – pelo menos 400 mil pessoas – e os pagamentos repassados variam de R$ 32 a R$ 306. O Estado é o quarto do Nordeste em número de inscritos no Bolsa Família

O coordenador enfatiza que a maior parte dos beneficiários já procurou o órgão para se adequar e não há tumultos com formação de longas filas. Segundo ele, as pessoas sabem dos prazos e da necessidade das atualizações e não querem ter o valor suspenso. Ressalta ainda que a realação com os beneficiários ficou mais dinâmica a partir dos informes repassados nos comprovantes de saque e no envio de cartas informando as pendências. “Este é o primeiro ano que o sistema utiliza esses dois métodos juntos e facilitou bastante a comunicação com os beneficiários”, reitera o coordenador do programa. A regularização pode ser feita na sede da Secretaria Municipal da Criança e Assistência Social (Semcas), no bairro São Francisco, ou em um dos 20 postos dos Centros de Referência em Assistência Social (Cras) da capital. O atendimento é das 7h às 17 horas.

Para o recadastro o beneficiário deve ter em mãos o cartão do Bolsa Família. Apresentar ainda originais dos seguintes documentos: carteira de identidade, CPF, título de eleitor, comprovante de residência e carteira de trabalho; certidões de casamento (se houver), de nascimento e cartão de vacina dos menores de seis anos; certidão de nascimento e declaração de matrícula escolar aos de sete a 17 anos. A coordenação do programa alerta que, caso falte qualquer documento de algum membro da família o recadastro não poderá ser feito. “Então, é importante que apresentem toda a documentação necessária”, diz Cristiano Pereira.