POLUIÇÃO

Mais de 30 pontos de esgoto são lançados às margens da Lagoa da Jansen

A reportagem percorreu toda a extensão da Lagoa e constatou a presença de vários pontos onde há emissão de afluentes às margens do local

Foto: Honório Moreira/OImp/D.A Press.


Honório Moreira/OImp/D.A Press

Esgoto situado na Lagoa da Jansen

Ao todo, 35 pontos situados às margens de toda a Lagoa da Jansen emitem afluentes do esgoto para a água, que parte do ponto turístico da capital. Este número é de acordo com a apuração da reportagem, que contou apenas o que poderia ser visto entre o grande acúmulo de mato e entulho em volta do local. No entanto, estima-se que podem ser mais. Todo o esgoto é proveniente dos apartamentos, bares e estabelecimentos comerciais ao redor da Lagoa.

Resultado de um processo de urbanização domiciliar, a Lagoa da Jansen abriga os loteamentos em toda a sua extensão dos bairros de São Francisco, Renascença I e II e Ponta do Farol. Classe média e moradias ainda não regularizadas disputam o espaço e também o seu lixo e resíduos sólidos enviados diretamente até a laguna. A área também reúne, desde sua formação domo Parque Ecológico, por meio da lei 4870, espaço de lazer, pesca artesanal e turismo desde o ano de 1988.
Foto: Honório Moreira/OImp/D.A Press.



Efluente de esgoto na Lagoa da Jansen

Contudo, tais atributos ambientais têm sido prejudicados pela sujeira que se acumula por ali, sobretudo pela precariedade do esgotamento sanitário. Seu José Costa é morador, há 12 anos, em um dos apartamentos situados em volta da laguna, próximo ao bairro do São Francisco e afirma que há muitos anos o tratamento sanitário não é satisfatório, pois é todo enviado para a água. Já a dona de uma loja de roupas, Janice Ferreira, diz que o local precisa ser mais cuidado, sobretudo, o odor exalado, o que atrapalha, inclusive suas caminhadas matinais.

R$ 1 milhão para obra de despoluição
Sobre esta grande quantidade de pontos de esgoto, o projeto de despoluição da Lagoa da Jansen prevê a eliminação dos 27 pontos de emissão de efluentes, até o fim de 2016. A meta, ainda neste primeiro semestre, segundo a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) é eliminar 12 desses pontos de lançamento de esgoto in natura na laguna. A Companhia informa ainda que o governador Flávio Dino já assegurou recursos da ordem de R$ 1 milhão para essa primeira etapa da obra de despoluição.
Como medida, a Caema informou ainda que todo o esgoto hoje lançado na lagoa será bombeado, através de estações elevatórias para a Estação de Tratamento (ETE) Jaracati. O órgão assinala que já mantém quatro Estações Elevatórias de Esgoto (EEE) na área da lagoa que estão fazendo o bombeamento de parte do esgoto in natura para a Estação do Jaracati. Estão assegurados recursos da ordem de R$ 10 milhões do Ministério do Turismo.
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