RACISMO

Crimes de racismo já tiveram 18 inquéritos concluídos no Maranhão

A Delegacia de Combate aos Crimes Raciais já contabilizou, desde setembro do ano passado, 18 inquéritos concluídos

Reprodução

A crença na mudança

O que todos esperam, principalmente quem sofre o preconceito na pele, é que as pessoas se tratem como iguais, como seres humanos que somos. E tudo começa pela educação.

“Eu acredito que as pessoas podem melhorar, ninguém nasce racista e preconceituoso as pessoas aprendem… como professora acredito que a educação é a ferramenta mais importante nesse processo, mas, não estou falando da educação escolar, esse processo começa em casa, na família. Se você nasce numa família historicamente racista e preconceituosa dificilmente você não será diferente…”, diz Darcyleia Sousa.

Para Valéria, ser negra em uma sociedade de maioria racista na maioria das vezes a deixa constrangida com os olhares sobre a sua fala, cabelo, modo de se vestir e outras características. Mas uma das mais doloridas é a questão estética e o quanto ela afeta o psicológico.

“Para melhorar o nosso país precisamos deixar de ser ensinados de que o único modo aceito é o modo europeu para cabelo, corpo e tom de pele. Nada contra traços finos ou cabelos lisos mas seria bom apresentar às nossas crianças, que em maioria são negras, coisas que as represente, dando mais espaço de fala e protagonismo à nossa juventude negra para que as pessoas entendam que ser negra(o) não é ruim, mas que sofrer por ser negra(o) sim. As nossas raízes devem ser aceitas e não mudadas para serem aceitas”, diz Valéria.

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